Físico brasileiro participou da descoberta do bóson de Higgs
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Há quase 50 anos os cientistas estavam à procura da única partícula elementar que ainda não havia sido observada: aquela que valida a teoria científica sobre a constituição da matéria e da própria existência do Universo: o bóson de Higgs. Em 4 de julho, diante de 400 físicos, os pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear de Genebra anunciaram ter 99,9999% de certeza de terem encontrado o bóson. O nome de Higgs vem do físico escocês Peter Higgs que, com o belga François Englert, previram a existência do bóson em 1964.
Foram investidos 4 bilhões de euros e dois grupos de pesquisa- CMS e Atlas - trabalharam separadamente em busca do Higgs. Eles provocaram colisões fenomenais de partículas lançadas a um bilhão de km/h dentro de um anel gigante enterrado entre França e Suíça e descobriram a existência da nova partícula.
Para explicar o fato, conversei com o físico brasileiro Denis Damazio, que vive na França perto da fronteira com a Suíça e participou da experiência como integrante do grupo de pesquisa Atlas. Em entrevista exclusiva à RFI, ele explica o que é um bóson, porque o bóson de Higgs também é chamado de "partícula de Deus" (o que não agrada à comunidade científica), fala sobre as verificações que ainda serão feitas para a confirmação definitiva da descoberta e ressalta a importância histórica e científica deste que já é considerado como um dos mais importantes passos de todos os tempos para a compreensão do Universo.
- Assista os vídeos de Denis Damazio sobre as experiâncias do grupo Atlas em busca do bóson de Higgs
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