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Wikileaks/Justiça

Scotland Yard pede que Assange se apresente para ser extraditado

A Scotland Yard convocou, nesta quinta-feira, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, para se apresentar à polícia. Este é o primeiro passo no processo de extradição do australiano para a Suécia, onde ele é acusado de agressão sexual.

Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi convocado a se apresentar à polícia britânica para ser extraditado. Nesta foto de 1° de fevereiro de 2012.
Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi convocado a se apresentar à polícia britânica para ser extraditado. Nesta foto de 1° de fevereiro de 2012. REUTERS/Stefan Wermuth
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O porta-voz da Scotland Yard não indicou o local onde Assange deve se apresentar, mas segundo a imprensa britânica, o australiano teria sido convocado na sexta-feira a se apresentar na delegacia do centro da capital.

Segundo um comunicado da polícia publicado hoje, esta é uma prática comum neste tipo de caso e o primeiro passo nos processos de extradição.

Assange, de 40 anos, “continua infringindo os termos de sua liberdade condicional”, acrescentou o porta-voz. “Não se apresentar seria outra violação das condições e ele pode ser preso”.

Enquanto estiver na embaixada do Equador, o australiano continua em território diplomático e, portanto, fora do alcance das autoridades britânicas. Mas ele pode ser detido quando saia da jurisdição.

O criador do WikiLeaks se refugiou no dia 19 de junho na embaixada do Equador para evitar uma extradição para a Suécia, onde é acusado de quatro delitos de agressão sexual que nega ter cometido e pelos quais não foi acusado formalmente.

Assange está à espera de uma decisão sobre seu pedido de asilo político no Equador. O país deve analisar se ele é realmente vítima de uma perseguição política depois do vazamento de milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, país para onde segundo ele, poderia terminar sendo extraditado e condenado à morte por espionagem.

Durante os 18 meses de sua detenção em Londres, em dezembro de 2010, o australiano esgotou os recursos que dispunha no Reino Unido. A Corte Suprema britânica autorizou sua extradição a partir de hoje, dando duas semanas de prazo para que sua defesa apresente uma apelação à Corte europeia de direitos humanos.
 

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