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Saúde em dia

Estudo comprova que agrotóxicos causam má formação genital na Paraíba

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O Brasil lidera o ranking de consumo mundial de agrotóxicos e é o destino de muitas das substâncias proibidas na União Europeia e nos Estados Unidos. O número de casos de intoxicação de pessoas entre 2006 e 2011 no país por esses venenos que acabam parando à nossa mesa ultrapassa os 24 mil casos, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, SVS. Além da contaminação direta, o solo e a água também são afetados por esses produtos usados para eliminar as pragas naturais das lavouras e aumentar a produtividade. A longo prazo, eles causam danos irreparáveis à saúde, como problemas neurológicos, desregulação hormonal, câncer e má formação de fetos.É justamente isso, que comprova o trabalho do doutor Charles Sultan, médico no Hospital Universitário de Montpellier, na França, e professor de pediatria, que trabalha há anos sobre as deformações nos órgãos genitais em crianças, provocadas pelo contato das famílias com agrotóxicos. Ele dirige uma equipe franco-brasileira, que realizou um estudo comparativo na Paraíba, onde foi detectada uma taxa de incidência de micro pênis em recém-nascidos 44 vezes superior que nos Estados Unidos, em 1990, e 11 vezes maior que a encontrada no Egito, em 2010. As perturbações hormonais provocados pelo contanto com o meio contaminado se acumulam no tecido adiposo e são transmitidas para o feto através da placenta. Para os especialistas não há dúvida do risco que a utilização dos agrotóxicos representa para a saúde.  

A longo prazo, o uso de agrotóxicos causa danos irreparáveis à saúde, como problemas neurológicos, desregulação hormonal, câncer e má formação de fetos.
A longo prazo, o uso de agrotóxicos causa danos irreparáveis à saúde, como problemas neurológicos, desregulação hormonal, câncer e má formação de fetos. © Usda
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