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Coreia do Norte/Nuclear

Em nova Constituição, Coreia do Norte afirma ser potência nuclear

A nova Constituição da Coreia do Norte confirma pela primeira vez o status do país como potência nuclear, o que pode dificultar as discussões com a comunidade internacional que tenta convencer o regime comunista a abandonar sua ambição de desenvolver armas atômicas.

O líder norte-coreano Kim Jong-Un (centro) visita unidade estratégica do exército em Cho Islet, nesta foto de abril de 2012.
O líder norte-coreano Kim Jong-Un (centro) visita unidade estratégica do exército em Cho Islet, nesta foto de abril de 2012. Reuters
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O novo texto da Constituição, revisado durante uma sessão do parlamento no dia 13 de abril, foi divulgado na internet no site oficial norte-coreano Naemara (minha nação).

"O presidente da Comissão de defesa nacional, Kim Jong-Il fez de nosso país um estado invencível em termos de ideologia política, um estado dotado de arma nuclear e uma potência militar indomável, abrindo assim um caminho para a construção de um país forte e próspero”, diz o texto. Na constituição anterior, revista em abril de 2010, não havio o termo “estado dotado de arma nuclear”.

A Comissão de Defesa nacional faz parte parte dos órgãos mais importantes do regime norte-coreano. Ele era presidido por Kim Jong-Il , dirigente do país até sua morte, em dezembro de 2011. O país atualmente é dirigido pelo seu filho, Kim Jong-Un.

As declarações “confirmam que a Coreia do Norte não têm intenção de abandonar seus programas nucleares, quais sejam as circunstâncias”, estimou Cheon Sung-Whun do Instituto coreano pela unificação nacional, subsidiado pelo governo de Seul.

“Se houver um pedido na mesa de negociações para o abandono da arma nuclear, os norte-coreanos responderão que vão violar a Constituição”, afirmou.

O texto revisado é uma péssima notícia para o grupo dos 6 que negociam com o regime comunista o fim de seu programa nuclear, afirmou Kim Keun-Sik, professor da universidade Kyungnam de Changwon.

O Grupo dos 6 que reúne as duas Coreais, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão e a China, tenta convencer Pyongyang a renunciar a suas ambições nucleares em troca de uma importante ajuda financeira.

Mas as negociações estão em ponto morto desde dezembro de 2008.
 

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