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Noruega/Crimes

Matador da Noruega acusa psiquiatras de "inventarem" sua loucura

Em Oslo, na Noruega, continua o julgamento do extremista de direita Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em 22 de julho do ano passado, na capital e na Ilha de Utoya. Nesta quarta-feira, o acusado voltou a atacar os peritos psiquiátricos que o consideraram demente, alegando que eles falsificaram o relatório.

O assassino Anders Behring Breivik durante seu julgamento no Tribunal de Oslo, nesta quarta-feira, 25 de abril.
O assassino Anders Behring Breivik durante seu julgamento no Tribunal de Oslo, nesta quarta-feira, 25 de abril. Reuters
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O extremista de direita quer ser responsabilizado penalmente pelos crimes e já declarou, no passado, que uma internação em uma clínica psiquiátrica "seria pior do que a morte". Nesta quarta-feira, Breivik acusou os peritos psiquiátricos de inventarem argumentos para fazê-lo passar por louco. Ele considera falso o laudo que concluiu, no ano passado, que ele é psicótico.

"Tive a impressão que chegaram a uma conclusão rápido demais. Ao lermos o relatório inteiro, vemos que eles trabalharam para fundamentar essa conclusão", observou Breivik. Ele explicou que os psiquiatras tiraram suas declarações do contexto original, manipularam suas ideias e tentaram mostrá-lo como alguém pouco inteligente. Ele também lamentou que as sessões com os peritos não tenham sido filmadas e gravadas para provar os seus argumentos.

Mandatados pelo tribunal de Oslo para examinar a saúde mental do acusado, os psiquiatras Synne Soerheim e Torgeir Husby concluíram, em novembro do ano passado, que Breivik sofria de "esquizofrenia paranóide". Este diagnóstico indica internação em uma clínica psiquiátrica até o fim da vida, ao invés de uma sentença a ser cumprida em uma prisão. Hipótese totalmente rejeitada pelo assassino.

Um novo exame psiquiátrico foi pedido pela justiça. O grande desafio deste julgamento é decidir se Breivik é demente ou não.

O matador classifica seus crimes como "ataques preventivos contra os traidores da pátria". Ele reconhece os fatos mas não se considera culpado diante da lei.

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