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Mianmar/ Eleições

Suu Kyi diz que Mianmar entrou em uma nova era

Em seu primeiro discurso nesta segunda-feira, após a vitória anunciada por seu partido, Aung San Suu Kyi disse que Mianmar entrou em uma nova era. A líder da oposição no país e prêmio Nobel da Paz foi eleita deputada pela primeira vez em sua carreira política e seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND), foi o grande vencedor das eleições legislativas parciais realizadas neste domingo em Mianmar, a ex-Birmânia.

Aung San Suu Kyi sorri depois de visitar uma sessão de votação em Kahwmu, em Mianmar. Ela foi eleita deputada pela primeira vez em sua carreira política.
Aung San Suu Kyi sorri depois de visitar uma sessão de votação em Kahwmu, em Mianmar. Ela foi eleita deputada pela primeira vez em sua carreira política. REUTERS/Damir Sagolj
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Suu Kiy fez um discurso breve e solene na sede do LND. “Nós esperamos que este seja o começo de uma nova era, na qual o papel do povo na política aumente”, declarou ela diante de centenas de partidários que a esperavam com flores. Ela também pediu a união do país para consolidar a democracia.

“Este é o triunfo dos que decidiram participar do processo político do país,” afirmou. “O que importa não é o número de cadeiras que conseguimos, ainda que estejamos extremamente satisfeitos com o resultado, mas que as pessoas mostrem entusiasmo com o processo democrático.”

Suu Kyi, também lançou um apelo pela união. “Nós esperamos que todos os partidos que participaram das eleições estejam em medida de cooperar conosco para criar uma atmosfera verdadeiramente democrática no nosso país”, completou.

Milhares de partidários comemoraram durante toda a noite a vitória de Suu Kiy diante da sede do partido, no centro de Rangum.

Observadores do sudeste da Ásia disseram que as eleições foram livres e transparentes. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas a Liga Nacional pela Democracia afirma ter conquistado 43 das 44 cadeiras que disputada. O partido só não tinha candidato em uma zona eleitoral.

Apesar do sucesso nas urnas, a margem de manobra de Suu Kiy e de seu partido é considerada muito estreita já que a Liga Nacional pela democracia terá apenas 7% das cadeiras no parlamento, insuficiente para promover mudanças na constituição e enfrentar o regime que tem maioria e controla com facilidade o poder legislativo.
 

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