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BRICS/Nova Délhi/Cúpula

Economia e crise na Síria dominam cúpula de líderes do BRICS

Começa nesta quarta-feira a 4ª Cúpula do BRICS, intitulada “Parceria para Estabilidade Global, Segurança e Prosperidade”, na capital indiana. Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul vão dedicar uma boa parte dos debates a questões econômicas e às crises no Oriente Médio e Norte da África. A presidente Dilma Rousseff receberá o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Nova Déhli. Dilma desembarcou na capital indiana na tarde de terça-feira, no horário local.

Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimentos no hotel ao chegar em Nova Délhi nesta terça-feira.
Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimentos no hotel ao chegar em Nova Délhi nesta terça-feira. Roberto Stuckert Filho/PR
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Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Délhi

O BRICS está preocupado com a recuperação da economia global, com a estabilização da zona do euro e com a implementação das reformas no FMI e no Banco Mundial. Em 2012, o grupo das cinco potências emergentes responderá por 56% do crescimento mundial, contra 9% do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Itália, França, Alemanha e Reino Unido), um índice inferior ao esperado na América Latina. Os líderes se baseiam nesse desempenho, apesar da crise que varreu a economia dos Estados Unidos e da zona do euro, para aumentar seu poder de barganha junto das nações desenvolvidas. 

A embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, subsecretária-geral de Política do Itamaraty, disse hoje em Nova Délhi que a parte política do encontro será dominada pela crise no Oriente Médio e no Norte da África, que inspira cuidados, principalmente no caso da Síria. "No contexto dessa crise não se pode deixar de levar em conta uma solução para o conflito entre Israel e Palestina", declarou a embaixadora.

Na declaração final do evento, os emergentes, incluindo Rússia e China, devem condenar a violência contra a população civil. Todos os países do BRICS, incluindo Rússia e China, querem uma solução diplomática e pacífica para o conflito na Síria, sem intervenção militar. O chanceler Antonio Patriota afirmou que a situação poderá evoluir nos próximos dias, se o regime de Damasco de fato aceitar o envio de uma missão de observadores militares da ONU ao país, como estaria inclinado a ceder Bashar al-Assad a pedido de Kofi Annan, emissário especial da ONU e da Liga Árabe para o conflito sírio.

A presidente Dilma Rousseff desembarcou na capital indiana no início da tarde desta terça-feira, no horário local, e ficou descansando no hotel, sem falar com a imprensa. Amanhã, o primeiro comprimisso de Dilma é uma cerimônia em que ela vai receber o título de doutora Honoris Causa da Universidade de Nova Délhi. Em seguida, ela deve ter uma reunião bilateral com o presidente sul-africano, Jacob Zuma. Depois, participa do jantar de abertura da cúpula do BRICS.

Ministros discutem eliminação de obstáculos às trocas comerciais

Nesta quarta-feira de manhã, no horário indiano, os ministros do Comércio e de Relações Exteriores do BRICS examinarão o estado global da economia e as oportunidades de comércio e investimento intra-BRICS, além das negociações da Rodada Doha da OMC.

Na reunião, deverá ser assinado um novo acordo-quadro entre os bancos de desenvolvimento do BRICS, como já aconteceu no ano passado na cúpula de Sanya, na China, para facilitar a implementação das trocas comerciais em moedas locais. Também nesta quarta-feira será lançado o “Relatório BRICS: um estudo do Brasil, Rússia, Índia, China e Àfrica do Sul com foco nas sinergias e complementariedades”.

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