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Tragédia em escola judaica provoca comoção na França e em Israel

As homenagens pelas vítimas do ataque em uma escola judaica em Toulouse e a mobilização excepcional de policiais para identificar o criminoso dominam as manchetes da imprensa francesa desta quarta-feira. Dia de luto na França e em Israel, escreve em título o Le Figaro que dedicou várias páginas para relatar a emoção dividida entre os dois países diante do crime bárbaro.

A mãe de Miriam Monsonego, garota de sete anos assassinada em Toulouse, chora durante funeral em Jerusalém, nesta quarta-feira.
A mãe de Miriam Monsonego, garota de sete anos assassinada em Toulouse, chora durante funeral em Jerusalém, nesta quarta-feira. REUTERS/Baz Ratner
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Além da emoção e do recolhimento, o editorial do Le Figaro destaca que a presença do chanceler Alain Juppé no enterro das quatro vítimas em Israel é um sinal diplomático forte da França de respeito à comunidade judaica. O jornal comenta que nos anos 2000 foram registrados vários casos de profanação de cemitérios judaicos na França, provocando reações do governo israelense.

Le Figaro defende que o crime odioso cometido por um atirador solitário não reflete a imagem da sociedade francesa. O católico La Croix diz em título que muitos franceses se uniram no luto e lembrou que mesmo sem a conclusão da investigação, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu julgou o ataque como um ato antissemita.

Solidariedade contra o ódio foi o título escolhido pelo comunista L'Humanité para resumir o sentimento que tomou conta dos franceses após o drama de Toulouse. O jornal concorda que se trata de uma tragédia nacional mas recusa falar de unidade nacional, criticando declarações feitas recentemente por membros do governo francês sobre uma suposta superioridade da comunidade cristã.

O Aujourd'hui en France explorou em sua manchete a "caça" da polícia ao inimigo público número 1 da França. A mobilização inédita não é excessiva, segundo o jornal, diante da quantidade de elementos deixados pelo autor, suspeito também de ter assassinado três militares na semana passada na região de Toulouse. Um policial confessou ao jornal que na falta de um fator determinante, todas as hipóteses não foram descartadas nas investigações.

O Libération dedicou parte de sua cobertura para denunciar que a suspensão da campanha anunciada pelos candidatos às eleições presidenciais é totalmente falsa. O jornal destaca que por trás da unidade demonstrada pelos políticos em torno do drama, os candidatos têm o maior interesse de retomar rapidamente a campanha e os dois principais rivais, o presidente-candidato Sarkozy e o socialista François Hollande, não têm muito a ganhar com uma trégua no combate eleitoral.

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