Salvar o Protocolo de Kyoto ou criar um projeto mais ambicioso para diminuir o aquecimento global? Essa é a grande questão dos primeiros dias da 17ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em Durban, na África do Sul. O evento começou na última segunda-feira, dia 28 de novembro, e reúne representantes de 190 países durante 12 dias. Entre impasses e controvérsias, está a necessidade imposta pela União Europeia de firmar um acordo até 2015 e colocá-lo em prática até 2020. Mas as nações estariam disponíveis a se engajar num novo processo mais substancial que o Protocolo de Kyoto? A primeira fase do acordo aprovado em 1997 começou a ser aplicada em 2005 e expira em 2012. Na pauta, uma ideia já desgastada: a redução da emissão de 5,2 por cento de gases do efeito estufa a cerca de 40 países desenvolvidos – o que tem provocado embates entre nações ricas e em desenvolvimento.
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