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Prêmio/Nobel

Israelense que descobriu os quase-cristais ganha Nobel de Química

O prêmio Nobel de Química de 2011 foi concedido hoje ao israelense Daniel Shechtman por sua descoberta dos quase-cristais, partículas condensadas com uma configuração atômica diferente. Segundo o comunicado da academia sueca, essa descoberta modificou a visão dos químicos sobre os sólidos.

Daniel Shechtman, vencedor do Prêmio Nobel de Química de 2011.
Daniel Shechtman, vencedor do Prêmio Nobel de Química de 2011. Nobelprize.org
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Em abril de 1982, o químico israelense identificou um cristal cujos átomos estavam unidos de uma forma que não podia ser reproduzida de maneira idêntica, contrariando as leis da natureza. Até então, os químicos pensavam que num sólido, os átomos tinham configuração simétrica e bastava repetir esse desenho para formar um cristal.

Nos anos 80, a descoberta de Shechtman foi tão surpreendente que foi combatida pelo meio científico durante vários anos. O pesquisador foi humilhado por colegas, a ponto de abandonar o laboratório onde trabalhava.

Os quase-cristais podem ser comparados aos fascinantes mosaicos árabes, diz o comunicado da academia sueca: eles têm uma forma parecida mas nenhum é igual ao outro.

Do ponto de vista comercial, a configuração atômica supercondensada dos quase-cristais é ideal para reforçar materiais expostos à forte pressão ou temperaturas elevadas. Depois dessa descoberta, os quase-cristais passaram a ser usados em frigideiras, máquinas com motor a diesel e outros equipamentos que exigem alta resistência.

Dan Shechtman, como é conhecido no meio científico, tem 70 anos e é professor emérito do Instituto de Tecnologia de Haifa, em Israel.

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