Presidente da Argélia tenta evitar influência da Revolução do Jasmim
Um dos países do mundo árabe que podem ser afetados pelo efeito bola de neve das revoltas populares é a Argélia. Neste sábado, o movimento de oposição, que ainda está tomando forma, se reúne para decidir se mantém ou não a grande marcha prevista para o dia 12 de fevereiro contra o regime do presidente Abdelaziz Bouteflika que, para evitar o pior, anunciou uma série de medidas.
Publicado em: Modificado em:
A principal medida anunciada por Abdelaziz Bouteflika para tentar acalmar a população foi o fim do estado de urgência no país. Além disso, o presidente prometeu iniciativas para ajudar a criação de empregos e o acesso da oposição às midias oficiais.
No entanto, as medidas estão sendo vistas como uma estratégia das equipes do presidente para ganhar tempo e impedir as manifestações previstas para o próximo dia 12. Uma suspeita reforçada pelo fato de que o governo anunciou em seguida que o estado de urgência seria suprimido em todo o país, menos na capital Alger, onde deve acontecer a manifestação.
O estado de urgência na Argélia foi decretado em 1992, quando o exército interrompeu a realização de um processo eleitoral livre que colocaria no poder partidos islamistas considerados radicais. A medida afundou a Argélia em uma década de guerra civil e desde então as manifestações são restritas no país.
Os organizadores declararam na tarde desta sábado que a grande manifestação prevista para o dia 12 de fevereiro será mantida.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro