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Haiti/Adoção

França envia aviões ao Haiti para buscar crianças adotadas

Cerca de 120 pais e mães adotivos franceses partiram de Paris, nesta terça-feira, em um avião fretado pelo governo, com destino à capital do Haiti, Porto Príncipe. Eles vão enfim encontrar seus novos filhos, após longos meses de espera. Outra aeronave parte nesta quinta-feira.

Em protesto contra a lentidão dos processos de adoção de crianças haitianas, famílias depositaram garrafas cheias pela metade em frente ao Ministério das Relações Exteriores da França, em janeiro deste ano.
Em protesto contra a lentidão dos processos de adoção de crianças haitianas, famílias depositaram garrafas cheias pela metade em frente ao Ministério das Relações Exteriores da França, em janeiro deste ano. AFP / Fred Dufour
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Este será uma Natal diferente para as 300 crianças haitianas que chegarão à França nesta semana em dois aviões fretados pelo governo francês. Elas poderão enfim passar as festas de fim de ano com suas novas famílias adotivas, depois de uma longa espera.

A angústia começou quando o Haiti foi devastado pelo terremoto do dia 12 de janeiro.

O pedido para acelerar os processos de adoção nesta época foi recebido com cautela pelo então ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner. Ele alegou a ausência de um estatuto jurídico claro e disse que era preciso ser prudente para evitar um possível tráfico de crianças.

Com a nomeação da nova chefe da diplomacia francesa Michèle Alliot-Marie, em novembro, e a assinatura de um acordo entre os dois países, os pais adotivos puderam renovar suas esperanças. As crianças poderão deixar a capital Porto Príncipe sem a necessidade de passaportes ou vistos e entrarão no território francês com uma autorização da Embaixada da França.

A presidente da associação "SOS Haiti", Emanuelle Guerry, comemorou a decisão, mas lamentou que, durante o período de espera das famílias francesas, seis crianças que seriam adotadas morreram no Haiti.

Antes do terremoto de janeiro, 48% da população haitiana tinha menos de 18 anos de idade e muitos jovens perderam seus pais na tragédia. Hoje, quem vive no Haiti enfrenta os riscos de uma epidemia de cólera. Cerca de 2.500 pessoas já morreram vítimas da doença.

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