Reunião da ONU para biodiversidade termina com acordo histórico
Depois de duas semanas de negociações, ministros e representantes de mais de 190 países que estavam reunidos em Nagoya, no Japão, chegaram a um acordo global para proteger a biodiversidade. Eles participavam da 10º Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Biodiversidade Biológica.
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A conferência terminou com a adoção de um plano estratégico para 2020 que fixa 20 objetivos para proteger a natureza e frear o ritimo de desaparecimento das espécies. O acordo prevê a extensão das áreas protegidas do planeta, que passarão de 13% a 17% da superfície global. Uma das principais reivindicações dos países do Sul, entre eles do Brasil, também foi contemplada. Uu seja, o pagamento pelo uso dos recursos naturais pelas indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticas.
Um dos pontos mais delicados das negociações em Nagoya era justamente acertar a partilha dos lucros obtidos pela indústria farmacêutica e de cosméticos com a utilização de recursos genéticos dos países do Sul, sejam espécies animais, vegetais ou micro-organismos. Nesse ponto, , após 12 dias de discusses, a conferência da ONU sobre a diversidade biológica conseguiu avanços significativos.
O ministro japonês do Meio Ambiente, Ryu Matsumoto, anunciou com entusiasmo que a proposta em debate, com pontos defendidos pelo Brasil, foi aceita, uma vitória qualificada de "extraordinária" pela ministra francesa da Ecologia, Chantal Jouanno.
País megadiverso, o Brasil apresenta seu acervo natural como um ativo econômico e exige compensações financeiras na exploração desses recursos. A ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse em Nagoya que é essencial dar um basta à biopirataria.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza mais de 1/5 das espécies mamíferas do mundo estão em processo de extinção. Masn de um modo geral, as negociações em Nagoya terminam com um balanço positivo, após o frustrante fracasso da conferência sobre o clima de Copenhague, em dezembro passado.
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