Imprensa francesa se mobiliza para salvar iraniana de morte por apedrejamento
Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada por adultério, depois de ficar viúva, e suspeita de assassinato do marido, depois de uma confissão que, segundo seu advogado, foi obtida sob tortura. Sua pena foi mantida, apesar da oferta de asilo pelo presidente Lula da Silva e dos protestos da comunidade internacional.
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O jornal francês Libération, a revista feminina Elle e La Règle du Jeu, site francês da revista do filósofo Bernard Henry-Lévy, sobre literatura, filosofia, política e artes, iniciaram uma campanha de mobilização para salvar Sakineh de uma morte atroz.
Diariamente, a partir desta terça-feira, uma personalidade vai escrever uma mensagem a Sakineh. Artistas, intelectuais, homens e mulheres políticas, assim como os leitores, são convidados a enviar sua solidariedade.
"Mata-se com pedras, salva-se com palavras" é o slogan da iniciativa.
A atriz Isabelle Adjani inaugura o movimento, com uma mensagem emocionante.
"Sakineh, seu nome bate no meu coração e meu coração bate forte ao lhe escrever. Seui nome está em todos os lábios e esse murmúrio vai explodir os tímpanos dos juízes surdos diante dos gemidos das mulheres das quais você é a figura irredutível da liberdade".
Este é o primeiro trecho da primeira carta que Sakineh talvez, um dia, poderá ler.
Além das mensagens diárias, os internautas poderão assinar uma petição chamada "É preciso impedir a lapidação de Sakineh." Milhares de pessoas já colocaram seus nomes no documento, entre elas, o prefeito de Paris, Bertrand Délanoé, o ministro da Cultura francês, Frédéric Miterrand, as atrizes Juliette Binoche e Catherine Deneuve e o ator Michel Piccoli, para citar alguns nomes conhecidos.
Para quem quiser assinar a petição, os sites são: www.liberation.fr ou www.elle.fr.
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