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Pobreza e desigualdade crescem na França

O jornal Les Echos desta quinta-feira (17) publica e analisa novo estudo que indica que a pobreza e a desigualdade aumentaram na França em 2018. “Uma péssima notícia”, diz o mais importante diário econômico do país.

Na resenha da imprensa francesa desta quinta-feira destaque para a pobreza e a desigualdade que aumentaram na França em 2018.
Na resenha da imprensa francesa desta quinta-feira destaque para a pobreza e a desigualdade que aumentaram na França em 2018. Reprodução lesechos.fr
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O Les Echos publica um novo relatório do Instituto Nacional de Estatística da França - INSEE, com as primeiras estimativas da perda do poder aquisitivo no país em 2018. Segundo o estudo, a pobreza subiu 0,2% no ano passado na França e atinge agora 14,3% da população, o equivalente a 9,1 milhões de franceses. O índice Gini, que mede as desigualdades, registrou sua maior progressão desde de 2010.

Esses dados já são ruins, mas a constatação pode ser ainda pior. Esses números não levam em conta o impacto da diminuição do auxílio-moradia para famílias de baixa renda. Se este critério for contabilizado, o aumento da pobreza medido pelo INSEE é de 0,6%, atingindo 14,7% da população.

Esta é a porcentagem mais alta de pobres já registrada na França desde os anos 1970. Concretamente, cerca de 400 mil franceses passaram a ser pobres no ano passado.

Linha da pobreza

De acordo com os cálculos do INSEE, eles têm o nível de vida inferior a 60% da média nacional, que é de € 1.735 por mês para uma pessoa sozinha. Isso significa que ganham € 1.050 por mês (o equivalente a cerca de R$ 4.700).

A alta do número de pobres se explica, em parte, pelo aumento da renda média nacional, que eleva automaticamente a linha da pobreza, esclarece o jornal. Já o aumento das desigualdades é explicado pela reforma do imposto sobre a fortuna na França, decidida pelo presidente Macron. Além disso, medidas fiscais e sociais adotadas pelo governo francês, como a redução do IPTU, o fim de algumas taxas e a extensão aos aposentados da dedução do imposto dos salários pagos a empregados domésticos, beneficiaram principalmente as classes médias.

Todos esses motivos esclarecem por que as desigualdades e a pobreza cresceram na França, apesar do crescimento de 1,4% do PIB francês no ano passado e da criação de 240 mil novos empregos, pontua Les Echos.

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