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França acolhe mais 31 mulheres yázidis e seus filhos

Trinta e uma mulheres yázidis e suas crianças, vítimas do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), aterrissaram nesta quinta-feira (8) pela manhã na cidade de Toulouse, sudoeste da França. A operação é parte do programa de acolhimento de refugiados do Iraque, de acordo com o ministério francês do Interior.

Presidente francês em sua conversa com a prêmio Nobel da paz 2018, Nadia Murad, 25 de outubro de 2018.
Presidente francês em sua conversa com a prêmio Nobel da paz 2018, Nadia Murad, 25 de outubro de 2018. Etienne Laurent/Pool/AFP
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Com essa chegada, sobe para 75 o número de famílias yázidis que vieram para a França desde o primeiro grupo em dezembro de 2018 (16 mulheres com suas crianças, totalizando 83 pessoas) e no fim de maio (132 imigrantes).

Dessa vez, incluindo os menores de idade, o grupo conta com 151 yázidis, de acordo com Lionel Pourtau, diretor geral da seção de refugiados da Habitat et Humanisme, uma das associações encarregadas de acompanhar a imigração.

O ministério francês do Interior afirmou que as mulheres chegaram da cidade de Erbil, no Iraque, “excepcionalmente traumatizadas pelas ações” do EI. Seus filhos e filhas ficarão sob a tutela de diferentes regiões francesas, que deverão fornecer “proteção, segurança, educação e acompanhamento médico-social”.

Promessa de Macron

A operação foi feita pela Organização Internacional pelas Migrações (OIM) e financiada pelo ministério das Relações Exteriores. O governo francês ressaltou que essa nova chegada se insere no “compromisso” feito pelo presidente Emmanuel Macron a Nadia Murad, prêmio Novel da paz 2018, de “receber na França 100 famílias yázidis vítimas de crimes cometidos por jihadistas”.

Nadia Murad faz parte das milhares de mulheres e garotas sequestradas e escravizadas pelo EI. Segundo a ONU, em agosto de 2014, os terroristas foram responsáveis por um genocídio contra os yázidis, minoria adepta de uma religião monoteísta esotérica. Em apenas alguns dias eles mataram centenas de homens, transformaram crianças em soldados e escravizaram sexualmente milhares de mulheres.

Mais um grupo de yázidis devem chegar na França em novembro, segundo o responsável da associação Habitat et Humanisme. Cerca de 3000 pessoas dessa etnia continuam desaparecidos, em sua maioria crianças e mulheres. Um terço dos yázidis presentes no mundo moravam no Iraque antes de 2014, mas desde então 100 000 se exilaram, sobretudo na Alemanha. Cerca de 36000 permanecem em acampamentos onde recebem ajuda humanitária de ONGs.

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