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Suspeito de explosão em Lyon reconhece ser autor do ataque

Os jornais franceses desta quinta-feira (30) destacam a investigação sobre a explosão de pacote-bomba em Lyon, na última sexta-feira (24), que deixou 13 pessoas feridas.

Polícia coleta elementos no local onde o estudante argelino colocou o pacote de explosivos, em uma rua de Lyon.
Polícia coleta elementos no local onde o estudante argelino colocou o pacote de explosivos, em uma rua de Lyon. France 24
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Depois negar qualquer envolvimento, o principal suspeito, o estudante argelino de computação Mohamed Hichem, de 24 anos, admitiu à polícia ter construído a bomba usada no ataque.

A confissão, detalha o jornal Libération, ocorreu no terceiro dia de sua detenção para interrogatório em uma delegacia especializada em terrorismo, no subúrbio parisiense.

Hichem explicou aos investigadores como construiu o artefato, que continha o explosivo TAPT (peróxido de acetona). A explosão do pacote em frente a uma padaria de uma rua movimentada de Lyon, perto da estação de trem da cidade, deixou 13 feridos.

Hichem levou várias semanas para adquirir todos os elementos da bomba, o que leva a crer que sua ação foi premeditada. Ele comprou bolas de argila e de acetona em março, e em seguida um telefone, cabos e pilhas. A análise de seu computador também mostrou que ele fez pesquisas relacionadas à jihad.

Em maio, o suspeito ainda adquiriu bolas de aço, compradas no site Amazon, de acordo com o Le Parisien. A polícia também encontrou em sua casa garrafas de amoníaco, ácido clorídrico e água oxigenada. As motivações do ataque ainda são desconhecidas. Até terça-feira (28), o estudante ainda negava ser o autor da explosão.

Motivações desconhecidas

Segundo o Le Figaro, o ministro do Interior, Christophe Castaner, declarou que havia elementos “incoerentes” no inquérito sobre as motivações do estudante.

Já o Le Parisien, citando uma fonte da investigação, ressaltou que Hichem “não dissimulou” sua radicalização islâmica. Os investigadores não excluem a hipótese de um ato cometido “por ressentimento contra a França”.

O estudante argelino, que chegou ao país no verão de 2017 não pôde se inscrever em uma faculdade de Computação na França porque não teve seu visto renovado pelas autoridades francesas.

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