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Feminismo

Femen protesta em Paris contra descaso do governo sobre feminicídio na França

Militantes do movimento feminista Femen entraram nesta quinta-feira (30) no pátio do monumento Palais Royal, no coração de Paris, para "prestar homenagem" às 60 mulheres mortas desde o início do ano na França. As militantes denunciaram "a indiferença do governo" sobre o feminicídio no país.

Militantes do grupo Femen escreveram em seus peitos nomes de mulheres francesas assassinadas.
Militantes do grupo Femen escreveram em seus peitos nomes de mulheres francesas assassinadas. FRANCOIS GUILLOT/AFP
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Mostrando os seios nus, as ativistas se reuniram às 9h (6h de Brasília) e subiram nas Colunas de Buren no pátio do Palais Royal, em frente ao Museu do Louvre. Com punhos erguidos, gritaram frases como "Às mulheres assassinadas, a pátria indiferente", "Nenhuma a mais!" e "Parem com o feminicídio!".

Cada manifestante escreveu no peito o nome das 60 mulheres mortas na França desde 1° de janeiro deste ano e como cada vítima foi assassinada. "Gaëlle foi esfaqueada, grávida de 6 meses", "Josette foi morta a tiros", "Chantal foi espancada até a morte", "Céline foi empurrada da janela com seu bebê 3 meses", diziam algumas das mensagens.

Segundo uma das líderes do Femen, a ucraniana Inna Shevchenko, a ação serviu para "criar um panteão ao ar livre e homenagear as mulheres mortas". A militante também criticou a "indiferença do governo francês" sobre a questão.

A mobilização também tinha o objetivo de "sensibilizar a sociedade" sobre o fenômeno do feminicídio no país. "Se houvesse 60 vítimas do sexo masculino, imagine qual seria a reação", disse ela.

Uma vítima a cada três dias

Em 2017, 130 mulheres foram mortas por seus maridos ou ex-maridos, uma média de um assassinato a cada três dias. Além disso, todos os anos, quase 220 mil mulheres são agredidas por cônjuges ou ex-companheiros.

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