França tenta regulamentar uso de patinetes elétricas para evitar acidentes
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Ouvir - 09:45
A França é o maior mercado europeu de patinetes elétricas. Diante do número crescente de equipamentos nas ruas das grandes cidades, as autoridades locais tentam impor uma legislação específica.
O Senado francês adotou em abril, em primeira leitura, uma nova legislação sobre a mobilidade nas cidades. O texto segue a linha das normas europeias, que tentam limitar a velocidade das patinetes elétricas a 25 km/h nas ciclovias e 6 km/h nas calçadas.
Além disso, a deputada Laurianne Rossi, do partido do governo, República em Marcha, propôs esta semana uma emenda ao texto para tornar obrigatórios o uso de capacetes e luvas de segurança para todos os usuários de patinetes elétricas.
Mais de 15 mil patinetes em Paris
Por ser uma cidade relativamente plana, a capital francesa sempre acolheu muitas patinetes, antes mesmo da chegada dos equipamentos elétricos. Mas desde que várias empresas decidiram implementar o serviço de compartilhamento de aparelhos motorizados, os moradores têm assistido uma invasão em suas ruas.
Paris tem cerca de 15 mil patinetes elétricas circulando e estima-se que esse número pode chegar a 40 mil até o final de 2019. Além dos aparelhos adquiridos por particulares, 10 operadores diferentes, inclusive a Uber, propõem patinetes elétricas em um sistema de aluguel na capital francesa.
Os preços variam pouco de um prestador para outro. Geralmente o usuário paga € 1 para desbloquear o equipamento e, em seguida, € 0,15 em média por minuto (cerca de R$ 0,60).
Estacionamento especial para patinetes
Mas a falta de uma legislação específica provoca alguns abusos, como as patinetes abandonadas ou a circulação em alta velocidade nas calçadas, colocando em risco a segurança dos pedestres e dos pilotos. No ano passado, a prefeitura de Paris chegou a ameaçar os usuários com a criação de uma multa para quem se aventurasse com as patinetes nas calçadas.
A prefeita, Anne Hidalgo, também escreveu para o primeiro-ministro dizendo que há uma urgência em se implementar uma jurisprudência para enquadrar o uso desse equipamento.
Além disso, Paris também está se organizando para criar estacionamentos específicos para as patinetes. O objetivo é evitar que os equipamentos não sejam mais abandonados nas calçadas.
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