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Imprensa

1° de maio: autoridades francesas se preparam para o pior

A tensão é grande nesta quarta-feira (1), diante das ameaças de violência que rondam as comemorações do Dia do Trabalho na França. Os jornais, que não foram às bancas por causa do feriado, seguem as concentrações de manifestantes por todo o país pela internet.

Tropa de choque em ação durante manifestação de 1° de Maio em Paris.
Tropa de choque em ação durante manifestação de 1° de Maio em Paris. REUTERS/Benoit Tessier
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Os desfiles fazem parte da tradição, convocados pelos sindicatos e com presença de políticos. Este ano, os “coletes amarelos” também confirmaram presença. Mas são outros participantes que preocupam as autoridades, os chamados black blocs, ativistas radicais, ligados a movimentos extremistas.

“Um 1° de maio sob pressão inédita”, diz o jornal econômico Les Echos, lembrando que o presidente Emmanuel Macron disse que a resposta aos baderndeiros será “bastante firme”.

Diante do perigo iminente de violência e degradações, o ministério do Interior anunciou a mobilização de 7.400 agentes de segurança, só em Paris. As autoridades acreditam que entre mil e dois mil arruaceiros vão tentar estragar a festa, como foi no ano passado.

Ultra amarelos

O ministro do Interior, Christophe Castaner, alerta que os black blocs terão reforço inclusive de dezenas de manifestantes estrangeiros e dos “ultra amarelos”, que são os “coletes amarelos” radicalizados.

O jornal Figaro fala sobre a origem do black black, que vem do alemão “schwarzer block” (tradução: bloco negro). Nascido em Berlim Oriental nos anos 1980, o movimento foi se modificando e se espalhando pelo mundo, explica o Figaro. Sem discurso, nem programas, eles atacam símbolos do capitalismo, como lojas de luxo e bancos.

Segundo a polícia, das 14.500 pessoas que participaram dos desfiles em 2018, 1.200 eram black blocs. Os episódios de violência e destruição foram múltiplos.

O jornal local “Le Parisien” alerta que o transporte vais ser bem complicado neste feriado na capital. Locais oficiais como sede da presidência, Senado, Assembleia e a catedral de Notre Dame terão acesso proibido.

Desfile mais amarelo e preto

O jornal Libération fala sobre a simpatia que vem unindo “coletes amarelos” e black blocs nas redes sociais. Há grupos propondo um 1° de Maio amarelo e preto, com mais força que o tradicional vermelho dos sindicatos.

Entrevistado por Libération, um black bloc diz que a aproximação de seu movimento com os coletes amarelos não tem nada de surpreendente: “Lutamos pelas mesmas coisas: justiça social, fiscal e ambiental. E pela saída de Emmanuel Macron”.

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