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Macron publica carta aos europeus e faz propostas para “renascimento” da UE

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez nesta segunda-feira (4) diversas propostas à União Europeia, faltando três meses para as eleições legislativas do bloco. O chefe de Estado escreveu um artigo divulgado nos 28 países membros e destinado a todos os cidadãos do continente. O inglês The Guardian, o alemão Die Welt, o espanhol El Pais e o italiano Corriere della Serra são alguns dos jornais de sucesso que decidiram publicar a carta.

Emmanuel Macron durante uma coletiva de imprensa
Emmanuel Macron durante uma coletiva de imprensa Ludovic Marin/Pool via Reuters
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Intitulado “Por um renascimento europeu”, o texto se articula em torno de três temas, que fazem eco à sua campanha presidencial de 2017: liberdade, proteção e progresso. Em um contexto conturbado pelo Brexit e por governos nacionalistas, “há uma urgência” porque a “Europa nunca esteve em tanto perigo”, diz Macron.

Entre suas propostas, está a criação de uma “Conferência pela Europa” até o fim do ano, reunindo cidadãos, universitários e parceiros sociais com a intenção de definir uma nova rota para o bloco. O presidente francês também quer “proibir o financiamento de partidos políticos europeus por potências estrangeiras” sem necessariamente citar a Rússia.

Ele também prevê a criação de uma “Agência europeia de proteção das democracias”, visando uma maior segurança dos processos eleitorais, vítimas de ciberataques e manipulações. Seguindo a linha de discursos passados, Macron também fala de um Escritório Europeu de Asilo e de uma Polícia Comum das Fronteiras, fazendo apelo a uma reestruturação do espaço Shengen.

Mão estendida ao Reino Unido

O presidente francês falou mais uma vez em um “salário mínimo europeu”. “A Europa deve instaurar um escudo social garantindo a mesma remuneração”, ressaltou. A necessidade da regulação fiscal dos gigantes da internet, o grupo GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon), também foi abordada no artigo de Macron.

Por fim, ele também propôs a criação de um “Banco Europeu do Clima”, com a intenção de financiar a transição ecológica de todo o continente. Os objetivos de Macron para conter as mudanças climáticas são: taxa 0 de carbono em 2050 e redução em 50% do uso de pesticidas em 2025.

Ao longo de seu texto, o chefe de Estado francês também fez questão de deixar uma “mão estendida ao Reino Unido”, abalado pelo Brexit. “Nessa Europa [que proponho], os povos europeus terão realmente tomado controle de seus destinos; nessa europa, o Reino Unido, tenho certeza, encontrará seu lugar”, escreve Macron.

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