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França/Antissemitismo

França organiza dia de união contra o antissemitismo; extrema direita de Le Pen fica de fora

A França vive nesta terça-feira (19) um dia de manifestações para dar um "Basta" ao antissemitismo, que está em alta no país. Em Paris, a classe política quase em peso participa de um ato na praça da República, para repudiar as agressões e insultos contra judeus. O partido Rassemblement National (Agrupamento Nacional), da líder de extrema direita Marine Le Pen não foi convidado.

Caixas de correio foram vandalizadas com suásticas cobrindo retratos da Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e personalidade política de renome, em 12 de fevereiro de 2019.
Caixas de correio foram vandalizadas com suásticas cobrindo retratos da Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e personalidade política de renome, em 12 de fevereiro de 2019. REUTERS/Benoit Tessier
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Além de Paris, manifestações estão previstas em várias cidades do país. A iniciativa para a convocação de uma “união contra o antissemitismo” na França foi do Partido Socialista. Lançada na última quinta-feira (14), ela rapidamente ganhou a adesão do governo e de quase todas as forças políticas do país, da extrema-esquerda à direita conservadora. No entanto, o partido de extrema direita Agrupamento Nacional não foi convidado a integrar o ato suprapartidário. A líder Marine Le Pen anunciou que vai organizar nesta terça-feira um evento à parte.

O primeiro-ministro, Edouard Philippe, acompanhado por 14 ministros, participa da manifestação em Paris, marcada para às 19h, pelo horário local (15h em Brasília). O ato também contará com as presenças do ex-presidente François Hollande e do e ex-primeiro-ministro Bernard Cazeneuve. Nicolas Sarkozy foi convidado, mas ainda não confirmou sua participação.

Emmanuel Macron

Os organizadores também queriam a presença de Emmanuel Macron, mas o presidente optou por realizar um ato simbólico. Juntamente com os presidentes da Assembleia Nacional e do Senado, ele visita o Memorial do Holocausto em Paris, 45 minutos antes da manifestação da praça da República para marcar o repúdio dos franceses ao antissemitismo.

Macron também fará um discurso contra o antissemitismo amanhã, quarta-feira (20), durante encontro anual do Conselho Representativo de Instituições Judaicas na França, em Paris.

Agressões antissemitas em alta

Em 2018, 541 agressões antissemitas foram registradas em toda a França, um aumento de 74% em relação ao ano anterior. No sábado (16), o episódio que envolveu o filósofo e acadêmico Alain Finkielkraut, xingado de "sionista imundo" durante uma manifestação dos coletes amarelos, chocou o país.

A indignação e os apelos contra o antissemitismo não freiam as agressões. Nesta terça-feira, quase 80 túmulos de um cemitério judaico na cidade de Quatzenheim, leste da França, foram profanados, anunciaram as autoridades locais, que condenaram o “ato antissemita odioso".

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