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Vídeo de confronto entre policiais e “coletes amarelos” provoca debate na França

O presidente francês, Emmanuel Macron, que está atualmente visitando o país africano Chade, pediu para que a “ordem e a calma reinem” na França, após mais um fim de semana de protestos dos “coletes amarelos”. A mobilização do sábado (22) teve menos força, mas ainda assim houve confronto entre a polícia e os manifestantes.

Policiais diante de "coletes amarelos" em Paris, 15 de dezembro
Policiais diante de "coletes amarelos" em Paris, 15 de dezembro Geoffroy VAN DER HASSELT / AFP
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Os internautas franceses estão comentando desde a noite de sábado um vídeo mostrando policiais lançando granadas contra um grupo de “coletes amarelos”, no cruzamento das avenidas George V e Champs-Elysées. Os manifestantes, em contrapartida, jogaram pedras para se defender. No meio da rixa, um dos agentes caiu de uma moto e sacou sua arma.

Para Gérald Rivière, porta-voz da União Nacional dos Policiais Independentes, seu colega “teve razão”. “Os policiais escolheram essa profissão por vocação, mas não temos a ‘vocação’ de sermos assassinados. Se um policial tira sua arma, ele tem razão. Teria feito a mesma coisa. Ele não está lá para ser linchado. Porque essas pessoas, se conseguem pegar um de nós, o que eles farão? Vão massacrá-lo”, afirma.

Laurent Nuniez, secretário de Estado no ministério do Interior, explicou que o policial sacou a arma “em proteção aos colegas e para controlar os manifestantes”. A delegacia de Paris anunciou neste domindo (23) que vai abrir uma investigação por “violências voluntárias” cometidas contra as forças de segurança.

Desde o começo do movimento dos “coletes amarelos”, várias agressões foram registradas, sobretudo do lado dos manifestantes. Em Bourdeaux e Tours, ocorreram acidentes com granadas e, em Paris, uma pessoa perdeu a visão por causa de um tiro de borracha.

Macron disse que respondeu aos protestos

Emmanuel Macron disse no domingo que as medidas de reforço do poder aquisitivo, anunciadas no dia 10 de dezembro, devem ser vistas como uma resposta à uma “raiva justa”. “Como presidente da República, não me dirijo a interesses específicos, apenas respondo a um pedido profundo. Eu previ reformas e evoluções muito lentas. Eu quis acelerar as medidas a favor do trabalho e da classe média ao mesmo tempo”, disse o chefe de Estado.

O primeiro-ministro francês, Edouard Philipe, se juntou ao discurso de Macron e prometeu “severidade diante de uma violência inédita” e de “gestos antissemitas”. Em Paris, alguns “coletes amarelos” foram vistos cantando músicas do cantor Dieudonné M’Bala M’Bala, condenado diversas vezes por racismo.

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