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Movimento dos coletes amarelos já causou perdas de € 2 bi no comércio francês

Os cinco sábados consecutivos de manifestações dos coletes amarelos provocaram uma queda de 30% no volume de vendas em dezembro, na França. Mais de 500 lojas tiveram vitrines quebradas, foram saqueadas, ou sofreram outros estragos durante os tumultos segundo Didier Kling, presidente da Câmara de Comércio e Indústria da região de Île de France, onde está localizada a capital, Paris.

Lojas vandalizadas durante protesto dos coletes amarelos, no dia 9 de dezembro de 2018
Lojas vandalizadas durante protesto dos coletes amarelos, no dia 9 de dezembro de 2018 REUTERS/Piroschka van de Wouw?
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Diante da situação, os comerciantes franceses estão propensos a abrir as portas à noite para diminuir o prejuízo. “Temos que vender todas as mercadorias compradas que estão nas lojas. Somos favoráveis à abertura noturna, mas é preciso que haja aceitação da parte dos funcionários”, diz. Segundo Kling, abrir mais lojas no domingo, como já é o caso de várias butiques na capital, não seria a melhor solução nesse momento, já que a medida não permitiria compensar as perdas até o Natal.

Os protestos dos últimos finais de semana geraram um prejuízo de mais de € 2 bilhões no setor, que não poderão mais ser recuperados até fim do ano, segundo o Conselho Nacional dos Centros Comerciais da França. De acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira (17) houve uma queda de frequentação de 10% nos shoppings franceses em relação ao mesmo período do ano passado.

O órgão tomou como referência 280 dos 800 centros comerciais espalhados pelo país. “Este é o quinto fim de semana desde o início da crise dos coletes amarelos, o que causou um forte impacto nas atividades dos lojistas”, diz o representante do Conselho, Gontran Thüring. O setor, lembra, representa 5% do PIB e mais de 525 mil empregos locais, ou seja, que não podem ser “deslocalizados”.

Mais imposto para comércio on-line

Diante da situação, Thüring propõe, como medida extra, uma aceleração nos processos de autorização de abertura aos domingos. Ele ainda sugere que seja instaurado um “justo equilíbrio da pressão fiscal sobre todas as formas de comércio”, criando novas taxas para plataformas on-line como a Amazon, por exemplo.

A mobilização dos coletes amarelos, lançada no dia 17 de novembro contra a alta dos impostos sobre os combustíveis e, de forma mais global, contra o poder aquisitivo, diminuiu em relação aos fins de semana anteriores. No último sábado, cerca de 66 mil pessoas participaram dos protestos, contra 136 mil nos finais de semana anteriores.

 

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