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Coletes amarelos/Paris

Galeria Lafayette e prédios de Paris são evacuados após incêndios dos “coletes amarelos”

As lojas da tradicional Galeria Lafayette e da Printemps foram evacuadas neste sábado (1°) em Paris por causa da violência relacionada ao movimento dos "coletes amarelos" e os incêndios ameaçam vários prédios no centro de Paris, segundo jornalistas da Reuters. Um fuzil foi roubado de uma viatura da polícia francesa, segundo as autoridades. O caos se estende por vários bairros da capital francesa, a três semanas do Natal. Mais de 200 pessoas já foram detidas pela polícia.

Incêndio na praça de L'Étoile, em Paris, ao lado de manifestantes da mobilização dos "coletes amarelos", em 1° de dezembro de 2018.
Incêndio na praça de L'Étoile, em Paris, ao lado de manifestantes da mobilização dos "coletes amarelos", em 1° de dezembro de 2018. REUTERS/Stephane Mahe
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Um incêndio que devastou um edifício localizado na praça L’Étoile foi dominado, mas vários outros pontos de fogo ameaçam outros prédios, segundo as autoridades. Os incidentes ocorrem três semanas antes do Natal, quando os comerciantes parisienses concentram a maior parte de seu volume de negócios anual.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, declarou neste sábado sua "profunda indignação" e sua "grande tristeza" em face da violência na capital nos bastidores da mobilização de "coletes amarelos". Depois dos violentos confrontos perto da avenida de Champs-Elysées, os enfrentamentos se espalharam na tarde de sábado para vários outros bairros de Paris, causando grande confusão.

"Sinto uma profunda indignação e tristeza pela violência no coração de Paris, o que é inaceitável", disse a prefeita socialista no Twitter. "Nosso país está enfrentando uma grande crise, que só pode ser resolvida através do diálogo, e precisamos encontrar o caminho o mais rápido possível", escreveu Hidalgo.

Guerrilha urbana e caos em Paris

As cenas da guerrilha urbana neste sábado em torno da avenida Champs-Elysées, e depois em outras partes de Paris, chocaram o governo francês e diversos políticos. Várias figuras da oposição acusaram o governo de encenar a violência para desacreditar o movimento de "coletes amarelos".

A praça de l'Étoile foi tomada por gás lacrimogêneo, vários cartazes e autoadesivos anti-Macrons foram colados no monumento do Arco do Triunfo, que chegou a ser pichado pelos manifestantes, diversos carros em chamas, mais de cem prisões: o primeiro-ministro francês Edouard Philippe afirmou se tratar de uma "violência raramente alcançada" no topo da "mais bela avenida do mundo", transformada em um “campo de batalha”.

Por volta de 9h da manhã deste sábado, os "coletes amarelos" invadiram a avenida Champs-Elysées, e ultrapassaram a barreira de segurança nos arredores do Arco do Triunfo. No local, onde havia uma proibição de se concentrarem, os coletes amarelos exibiram faixas com mensagens contra o governo francês. Dezenas ultrapassaram o cordão de proteção em torno do túmulo do Soldado Desconhecido, se ajoelharam e cantaram a Marselhesa, o hino nacional francês. Outros manifestantes chegaram a pichar uma mensagem de protesto no Arco do Triunfo. 

Segundo as autoridades francesas, mais de 3.000 vândalos foram contabilizados entre os cerca de 5 mil e 500 manifestantes na avenida Champs-Elysées. Entre eles, foram identificados 200 integrantes de movimentos de extrema-direita. Ao menos 158 pessoas foram detidas até o momento. Latas de lixo foram derrubadas e queimadas, assim como vários carros. Ao menos 65 pessoas ficaram feridas, entre eles, 11 policiais. O governo continua tendo dificuldades para dialogar com os líderes da mobilização.

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