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Pianista brasileira divulga Villa-Lobos pelo mundo

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Simone Leitão é pianista brasileira com doutorado em musicologia nos Estados Unidos. Especialista em obras do brasileiro Heitor Villa-Lobos para piano e orquestra, ela está em Paris, como parte de sua turnê mundial.

A pianista Simone Leitão
A pianista Simone Leitão RFI
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“Eu toquei na Grécia, na Inglaterra, antes de vir aqui para Paris, daqui eu vou para Quito, Curaçao, Miami, Los Angeles, San Francisco, Salvador, com a Orquestra Jovem da Bahia, depois vou ao Carnegie Hall, em Nova York, e Costa Rica em seguida”, conta a pianista, que empreende uma turnê solo.

Com a exceção da capital baiana, em todas as outras cidades ela se apresentará sozinha ao piano. Ela compara a escolha do repertório musical a uma experiência gastronômica.

“A responsabilidade é completamente sua quando você parte em turnê solo. É como se eu estivesse preparando um jantar para convidados. Eu tenho que pensar no que pode abrir o apetite, no que pode alimentar, no que pode ser um appetizer, no final…”

Villa-Lobos

Especialista no compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) conta que fez a sua tese nas suas obras para piano e orquestra, que são dez, e que focou em “Momo precoce”, parte de uma obra que ele escreveu em Paris, em 1928, chamada “Carnaval das Crianças”, uma peça descritiva com personagens do Carnaval infantil.

“Foi uma ideia da pianista brasileira Magda Tagliaferro, que vivia aqui, para o gosto parisiense em 1928. E virou a grande obra dele (de Villa-Lobos)”, conta.

“Eu toco também composições de um brasileiro que tem apenas 40 anos, o André Mehmari, que escreveu uma obra para mim, chamada ‘Grande Baião de Concerto’”, relata.

“É uma responsabilidade enorme tocar Villa-Lobos aqui, porque ele era basicamente um compositor franco-brasileiro, bem carioca, mas com uma formação francesa”, explica a pianista, que gosta de tocar “Ciclo Brasileiro”, do compositor.

Privilégio

Leitão considera um privilégio ser uma artista brasileira e poder mostrar a música brasileira de concerto para o mundo. Ela diz que tem como missão divulgar a música brasileira na Europa e nos Estados Unidos, além de mostrar peças europeias ao público brasileiro.

A pianista criou a Academia Jovem Concertante, que reúne jovens brasileiros que querem seguir a carreira de músico dentro da música de concerto e se juntam três vezes ao ano para depois apresentar concertos em diversas salas nas grandes e pequenas cidades brasileiras.

O projeto educacional contribui, além da formação de novos músicos, para a atração de um novo público para a música de concerto. “É maravilhoso ver a juventude brasileira tocando música com uma paixão que só nós temos”, conclui.

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