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França/Funeral

Franceses preferem cremação a enterro, se possível sem homenagens

Os franceses preferem a cremação ao enterro, e mais de um terço (36%) dizem que não querem nenhuma homenagem na ocasião, de acordo com uma pesquisa Ipsos sobre serviços funerários na cidade de Paris, divulgada nesta quinta-feira (4).

Crematório na Áustria.
Crematório na Áustria. Wikipedia
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A pesquisa do Instituto Ipsos confirma a tendência crescente da preferência dos franceses em relação à cremação, antigamente considerada "relativamente violenta”, segundo declarações de Etienne Mercier, diretor do departamento político do instituto de sondagens de opinião, durante entrevista coletiva.

A escolha pela cremação corresponde atualmente a 63% das respostas dos franceses em 2018, contra 51% no estudo anterior, conduzido em 2015. Para o enterro de um próximo, a cremação continua preferida por 56% da população em relação aos 48% de três anos atrás.

Em 2030, o enterro por cremação representará uma em cada duas cerimônias fúnebres no país, de acordo com a Associação Francesa de Informações Funerárias. Além disso, mesmo que a maioria dos entrevistados se confesse ainda muito apegada à organização de um velório - 80% são a favor quando se trata de um parente e 71% em relação a si próprio - no caso de uma cremação, 36% preferem funerais informais.

"Quando comparado à realidade do que acontece no crematório do cemitério Père Lachaise, menos do que 5% das famílias que vêm organizar funerais dizem ‘não, eu não quero nada'", diz, no entanto, Cendrine Chapel, gerente-geral de Serviços Funerários da Cidade de Paris.

Site para incentivar cerimonial funerário

Atendendo à demanda, os Serviços Funerários de Paris lançam, a partir de 1° de novembro, uma plataforma online gratuita para organizar a cerimônia fúnebre, incluindo opções como o envio de convites por e-mail para encorajar a personalização das cerimônias.

Para a gerente, cada família deseja um gesto, uma música ou texto, "senão não faz sentido para eles". Mas, segundo ela, alguns só percebem esta necessidade no final do processo de organização funerária.

"O funeral é um verdadeiro espelho da sociografia da cidade e sua evolução, isso precisa ser levado em conta", diz Helen Zwingelstein, PhD em antropologia social, especialista em religião, e responsável pelo cerimonial dos Serviços Funerários da Cidade de Paris.

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