Exposição comemora 100 anos da animação brasileira no Festival de Annecy, na França
A mostra “Brasil Quadro a Quadro – 100 anos da animação brasileira”, composta por 12 lâminas com imagens e textos sobre criações de animadores brasileiros, foi inaugurada na segunda-feira (11) com a presença do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o embaixador do Brasil na França, Paulo César de Oliveira Campos, o presidente da Ancine, Christian de Castro Oliveira, e pelo presidente do Festival de Annecy, Dominique Puthod.
Publicado em: Modificado em:
Enviada especial a Annecy
Idealizada pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), a exposiçãoconta com o patrocínio do Ministério da Cultura e apresenta na França uma versão resumida da mostra completa, que tem com o apoio institucional da Apex e do BNDES. Posteriormente, a versão ampliada percorrerá cinco capitais brasileiras, com datas previstas em novembro de 2018, segundo a diretora da ABCA, Letícia Friedrich.
Em cartaz nos jardins do centro Bonlieu, no coração do Festival de Annecy, a exposição uma linha do tempo da história da animação no país, desde o primeiro curta ("O Kaiser", de janeiro de 1917) até os curtas, longas e séries mais recentes. Durante o percurso, o visitante é informado sobre os movimentos, artistas e suas obras mais relevantes da produção de animação brasileira nos últimos cem anos.
A exposição tem direção artística de Andrés Lieban e curadoria de Arnaldo Galvão, Diego Akel e Marcos Magalhães. Segundo Lieban, a animação brasileira vem conquistando um espaço crescente nas mais diferentes plataformas mundiais e a mostra seria uma "resposta ao mercado internacional". "Estamos colhendo os frutos de uma longa história, com dezenas de protagonistas e centenas, milhares de quadros", diz o diretor.
Animações brasileiras de todas as épocas
No desfile das telas, o visitante francês ou estrangeiro toma contato com animações e artistas brasileiros de diferentes épocas, como "Sinfonia Amazônia", de 1953, de Amélio Latini Filho; "Boi Aruá", de 1984, de Chico Liberato, além de "O menino e o mundo", de 2014, de Alê Abreu, e "Guida", de Rosana Urbes, vencedores do Festival de Annecy respectivamente em 2014 e 2015, e "O projeto de meu pai", da artista Rosaria, produção de 2016.
Durante a abertura da exposição, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, ressaltou a importância da animação que "vem ganhando cada vez mais espaço" dentro do audiovisual brasileiro. "É um segmento que vive um momento excelente no país e tem possibilidade de crescer muito ainda", afirmou.
"A animação é antes de tudo criatividade, uma arte industrial que funciona a partir da criatividade individual. Essa homenagem à animação brasileira mostra a capacidade dos artistas brasileiros de criarem usando novas tecnologias", destacou em Annecy o embaixador do Brasil na França, Paulo César de Oliveira Campos, durante a abertura da mostra.
Na ocasião também foi lançado o livro “Animação Brasileira: 100 Filmes Essenciais”, produzido pela ABRACCINE, a Associação Brasileira dos Críticos de Cinema, em parceria com a ABCA.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro