Paris inaugura primeiro centro de arte digital com exposição de pintores austríacos
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Paris acaba de inaugurar o primeiro museu de arte digital da cidade, um espaço futurista e inovador que está fazendo o maior sucesso entre os visitantes. O Atelier Les Lumières – As Luzes, em português – foi aberto no último sábado (13), no 11° distrito de Paris, não muito longe da praça da Bastilha. É um espaço de exposições único, em que as obras são projetadas nas paredes, no piso e no teto das salas, propondo ao visitante uma imersão na pintura do artista.
Mesmo se não se trata de uma instalação em três dimensões, o visitante tem a sensação de entrar no quadro e ser totalmente envolvido pela obra, graças a tecnologias de projeção sofisticadas, que já foram testadas em fachadas de edifícios, geralmente em lugares abertos, e agora foram adaptadas para espaços menores e fechados. A inovação é principalmente técnica: são 120 videoprojetores e uma sonorização especial, instalados em 3.300 m2.
A exposição de abertura marca o centenário da morte do pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918), um dos artistas que mais bem retratou a figura feminina em toda a história da arte. Além de seus trabalhos, são projetadas obras de Egon Schiele (1890-1918) e Friedensreich Hundertwasser (1928-2000), influenciados por Klimt. Enquanto o visitante caminha entre as pinturas que cobrem cem anos da sociedade de Viena, apresentadas em projeções coloridíssimas e luminosas, ele ouve uma trilha sonora, com composições de Wagner, Beethoven, Chopin e Rachmaninoff, que intensificam a experiência visual.
O Atelier Les Lumières tem duas salas. A primeira delas, La Halle, de 1.500 m2, será consagrada aos trabalhos de grandes nomes da história da arte. A segunda, Le Studio, de 160 m2, apresentará a produção de novos artistas. O empreendimento é pilotado pela empresa Culturespaces, pioneira no desenvolvimento de tecnologias digitais de valorização de monumentos, museus e centros culturais.
Diversificação de atores culturais
Nos últimos anos, o poder público tem investido em parcerias público-privadas para a manutenção e a reforma de monumentos franceses, além de ter criado incentivos para que grandes grupos investissem em locais de exposição, um importante vetor de atração do turismo para o país.
Só em Paris, entre outros empreendimentos, é incontestável o sucesso da Fundação Cartier de Arte Contemporânea, da famosa marca de jóias, aberta em 1984, e da Fundação Louis Vuitton, em 2014. Em março passado, o grupo proprietário da Galeries Lafayette, a maior loja de departamentos de Paris, abriu o espaço de exposições Lafayette Anticipations, no bairro do Marais.
Aos mais de 206 museus existentes na capital francesa, os turistas têm agora a opção de conhecer o primeiro centro de arte digital da cidade.
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