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França

Autor de três ataques no sul da França é morto pela polícia

O homem acusado de terrorismo que matou três pessoas em três ataques, na manhã desta sexta-feira (23), no sul da França, foi morto por policiais durante tentativa de negociação dentro de um supermercado que ele invadiu.

Supermercado cercado pela polícia em Trèbes, no sul da França.
Supermercado cercado pela polícia em Trèbes, no sul da França. LA VIE A TREBES/via REUTERS
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O atirador, um franco-marroquino de 26 anos, estava fichado na polícia desde 2014 por crimes do direito comum, mas passou a ser monitorado pelos serviços antiterroristas em 2016. O ministro do Interior, Gérard Collomb, explicou que o terrorista esteve envolvido com drogas, mas não tinha dado sinais recentes de radicalização.

Segundo a imprensa francesa, o caso começou por volta das 10h35 pelo horário local, com o homem se envolvendo em uma tentativa de roubo de um veículo. Ele matou o passageiro e feriu o motorista, que continua em estado grave.

Na sequência, o homem atirou contra um grupo de quatro policiais que corriam perto do quartel de Carcassonne. Um deles foi atingido no pulmão. Na fuga, ele se dirigiu à cidade de Trèbes, distante 10 quilômetros, onde matou outras duas pessoas.

O homem, armado com uma granada e um revólver de calibre 9 milímetros, invadiu o supermercado Super U por volta das 11h15, pelo horário local, e gritou "Allah Akbar", em árabe, “Alá é Grande” em português. Ele disse pertencer ao grupo Estado Islâmico e entrou no local atirando para o alto, segundo algumas testemunhas.

De acordo com uma fonte que acompanhou a ação da polícia, boa parte dos empregados e clientes do supermercado invadido conseguiu fugir. Um dos reféns contou à rádio FranceInfo ter visto a porta da câmara frigorífica aberta e ter pedido para um grupo de cerca de 10 pessoas entrarem no local para se abrigar.

Todos os acessos à cidade de Trèbes foram bloqueados pela polícia e as escolas da região chegaram a ser fechadas.

Durante algumas horas, o suspeito ficou negociando com os policiais antes da invasão ao local pela polícia de elite francesa.

O departamento antiterrorista da promotoria de Paris abriu um inquérito e o ministro do Interior, Gérard Collomb, se deslocou para o sul da França. No local, o ministro saudou a ação e a coragem dos policiais que participaram da operação e deu mais detalhes do suspeito. Segundo Collomb, ele era conhecido da polícia também por uso e tráfico de drogas.

Reação do presidente Macron

Em um pronunciamento direto de Bruxelas, onde participa de um encontro de cúpula da União Europeia, o presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou que a ação foi qualificada como um atentado terrorista e que a polícia francesa agiu rapidamente para evitar uma tragédia maior.

Ele tranquilizou os cerca de 5 mil habitantes da cidade de Trèbes afirmando que todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança da população.

Macron enfatizou que a ameaça terrorista ainda é muito alta na França. "A ameaça terrorista continua muito elevada e se mantém elevada principalmente porque temos, há vários meses, uma ameaça que chamamos de endógena, ou seja, temos indivíduos que se radicalizaram, com perfis psiquiátricos variados", afirmou. "Alguns desenvolveram patologias, outros não. Não sei se é o caso do terrorista de hoje, mas (eles) constituem uma ameaça ao país", acrescentou. 

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