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França

Greve do funcionalismo da França desafia governo Macron, avalia imprensa

A greve que paralisa boa parte da França nesta quinta-feira (22), está na capa dos principais jornais franceses. Para a imprensa, um consenso: a mobilização coloca a intenção do governo de Emmanuel Macron de reformar o país na parede.

A imprensa francesa desta quinta-feira (22) ver o movimento nacional de greve como o primeiro grande desafio do governo de Emmanuel Macron.
A imprensa francesa desta quinta-feira (22) ver o movimento nacional de greve como o primeiro grande desafio do governo de Emmanuel Macron. Fotomontagem RFI
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"A Hora da Greve" é a manchete do jornal Libération que chegou às bancas na manhã desta quinta-feira. "O funcionalismo público está nas ruas hoje para denunciar as promessas não cumpridas e as reformas que o governo quer aplicar", publica o diário, lembrando que o "mal-estar em relação às condições e os direitos trabalhistas é geral".

Para Libé, centrais sindicais desafiam o governo: as sete maiores do país levam os funcionários públicos para as ruas, liderados pelos ferroviários, setor que está na linha de frente das reformas de Macron. Fazem greve os trabalhadores de diversas categorias: da companhia nacional de trens, passando pelos hospitais públicos, professores, creches e casas de repouso para idosos e controladores aéreos, além de algumas categorias do transporte público.

Prova de fogo

"Novo teste social para Macron" é a manchete do Aujourd'hui en France desta quinta-feira. O diário explica que esse 22 de março será uma prova de fogo para o governo antes de uma mobilização inédita que os ferroviários pretendem começar em abril: uma greve de dois dias, todas as semanas, durante três meses.

Em editorial, Aujourd'hui en France se surpreende com a aparente calma do governo, que se deve ao fracasso da mobilização social em outubro do ano passado. O diário é pessimista quanto a um possível recuo de Macron em relação à reforma do trabalho imposta. Por outro lado, reconhece: "os dias que virão marcarão um momento crucial deste governo".

Quem será o vencedor?

Mesmo tom do lado do jornal Le Figaro, que acredita que esse é o primeiro grande duelo do presidente francês. "A autoridade de Macron é desafiada pelos sindicatos", diz a manchete do diário, que avalia que a mobilização é uma verdadeira queda de braço. "Ninguém sabe quando esse movimento vai terminar e quem será o vencedor", ressalta.

No total, mais de 150 marchas ocuparão as ruas do país, destaca Le Figaro. Segundo o jornal, Macron terá a resposta, a partir de hoje, se poderá dar continuidade às mudanças às quais se engajou após sua eleição. Afinal, salienta o diário, além da reforma trabalhista, adotada no ano passado, as organizações sindicais protestam especialmente contra seu governo.

Le Figaro nota que até agora Macron manteve uma relativa popularidade entre os franceses, mas a situação tende a mudar. Uma pesquisa de opinião divulgada nesta quinta-feira mostra que 74% da população acreditam que a política adotada por Emmanuel Macron é simplesmente injusta.

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