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Toulouse/cinema latino

Festival em Toulouse mostra a força do cinema latino

Há 30 anos a bela Toulouse, no sudoeste francês, muda de língua durante dez dias, no final do inverno. A “cidade rosa”, conhecida por suas fachadas que mudam suavemente de cor durante o dia, passa a ter o espanhol como língua corrente, além do francês e do occitano (dialeto nativo). Tudo por causa do Cinélatino, que começa nesta sexta-feira (16), e é uma das grandes vitrines na Europa da produção latino-americana.

Cena de "Mormaço", de Marina Meliande.
Cena de "Mormaço", de Marina Meliande. Divulgação
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O evento traz sempre uma seleção caprichada de filmes de todos os recantos latinos, principalmente de novos nomes, diretores recém formados ou ainda em escolas de cinema, ao lado de nomes já consagrados. É uma grande oportunidade de se mergulhar em ideias e imagens frescas.

O Brasil é presença sempre garantida no Cinélatino. Este ano, na competição oficial de longas, há dois representantes nacionais: “Azougue Nazaré”, de Tiago Melo, e “Mormaço”, de Marina Meliande. Entre os concorrentes são “Zama”, da premiada argentina Lucrécia Martel”, “Sergio y Serguei”, do espanhol Ernesto Darañas Serrano, “Princesita”, da chilena Marialy Rivas, e outros.

Na competição de documentários, Letícia Simões apresenta “O chalé é uma ilha batida de vento e chuva” Entre os curtas, o Brasil traz: “A Passagem do Cometa”, de Juliana Rojas, “Apenas o que você precisa saber de mim”, de Maria Augusta V. Nunes, “Boca de Fogo”, de Luciano Pérez Fernandez, “Deusa”, de Bruna Callegari, e “Fantasma Cidade Fantasma”, de Pedro Beiler.

50 anos de Maio de 68

Para lembrar Maio de 68, que completa 50 anos em breve, o festival programou filmes como “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles, que fala de acontecimentos entre 1966 e 1968 na França, ex-Tchecoslováquia, China e Brasil, a partir de filmes de arquivo pessoal, principalmente rodados pela mãe do cineasta. A escolha, segundo Francis Saint-Dizier, cofundador do evento, é para evitar “o olhar etnocêntrico que existe na Europa” sobre maio de 1968 e recordar que o movimento de revolta popular foi internacional.

A edição de 2018 do Cinélatino, que também traz encontros com diretores, eventos literários, musicais e exposições, aproveita o excelente desempenho do cinema latino em festivais internacionais, como no último Oscar, em que o mexicano Guillermo del Toro levou os prêmios de melhor filme e diretor com “A forma da água”, e “Uma mulher fantástica”, do chileno Sebastián Lello, foi considerado como o melhor filme estrangeiro.

 

 

 

 

 

 

 

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