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França

Macron recebe 140 dirigentes de multinacionais para vender atrativos da França

A imprensa francesa se mostra animada com as perspectivas econômicas da França este ano. O presidente Emmanuel Macron organiza nesta segunda-feira (21) um encontro em Versalhes com 140 presidentes de grandes multinacionais, assunto que está em todas as manchetes pela esperança de criação de empregos no país.

Capa do jornal francês Aujourd'hui en France destaca a oferta de empregos na França em 2018.
Capa do jornal francês Aujourd'hui en France destaca a oferta de empregos na França em 2018. Reprodução
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O slogan do encontro é minimalista: "Escolha a França", frase que será repetida à exaustão por Macron à nata do empresariado internacional que faz uma escala em Versalhes antes de seguir para Davos, na Suíça, onde começa amanhã o Fórum Econômico Mundial. Depois de flexibilizar a legislação trabalhista e reduzir contribuições sociais e impostos, Macron espera recolher os frutos dos esforços do governo, observa o diário econômico Les Echos.

O jornal destaca um projeto já definido: a Toyota deve anunciar um investimento de R$ 1,5 bilhão, € 400 milhões, em uma nova linha de montagem em sua fábrica de Valenciennes (norte). Antes de encontrar os empresários, o presidente irá visitar a fábrica para conversar com os empregados. O investimento vai gerar 700 novas vagas envolvidas na produção de um novo veículo da montadora japonesa.

De volta a Versalhes, Macron terá encontros a portas fechadas com dirigentes de grandes grupos, como Coca-Cola, Facebook, representado pela diretora-executiva Sheryl Sandberg, Google, Goldman Sachs, UPS, Alibaba, Bosch, SAP, Ikea, Barilla, Siemens, Volvo ou Rolls-Royce. O Facebook decidiu dobrar o número de engenheiros em seu laboratório parisiense de inteligência artificial.

As perspectivas são de fato positivas, mas Les Echos lembra que globalmente a França continua a perder fatias de mercado diante da concorrência acirrada pela globalização.

Interesse aumenta após reformas e Brexit

Le Figaro conta que o Palácio do Eliseu, quando começou a organizar o evento, esperava receber uma centena de empresários. O interesse foi maior, com 140 grandes industriais, líderes de empresas de serviços e bancos – americanos, chineses e europeus – confirmados. Além das reformas, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, também acentuou essa tendência. Macron quer, agora, mostrar aos franceses que o país voltou a atrair investimentos, sublinha Le Figaro.

As empresas estrangeiras têm um papel crucial na criação de empregos no país. Elas empregam 21% dos assalariados da indústria e são responsáveis por 28% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, segundo Le Figaro.

Aujourd'hui en France anuncia em manchete "tempo bom" para a economia francesa. Todas as condições parecem reunidas para que, enfim, o desemprego recue este ano.

O jornal publica em seu caderno econômico, que circula às segundas-feiras, uma lista de empresas que abriram vagas em todas as regiões do país. Os setores que mais buscam trabalhadores são transportes, energia, metalurgia, aeronáutica, eletrônica, têxteis, segurança, cosméticos, informática, tecnologia digital e saúde.

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