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Paris/violência

Milhares vão às ruas em Paris para protestar contra violência às mulheres

Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (25), em Paris, por ocasião do Dia Internacional de Luta Contra a Violência às Mulheres”.

Um terço das mulheres são vítimas de violência no mundo.
Um terço das mulheres são vítimas de violência no mundo. pixabay
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Como todos os anos, a convocação foi feita por organizações feministas, partidos de esquerda e sindicatos. Este ano a manifestação se fez ainda mais urgente após a onda de indignação mundial provocada pelas denúncias contra o produtor americano Harvey Weinstein.

No início do desfile, mulheres vestidas de negro levavam o nome de vítimas assassinadas em 2018, como o de Doris, 53 anos, assassinada em 21 de janeiro, ou Sylvie, 47, morta em 12 de fevereiro.

De seios nus, várias integrantes do Femen, grupo feminista nascido na Ucrânia, entre elas Inna Shevchenko, também marcaram presença.

Com slogans e faixas, os participantes protestavam contra o assédio e a violência: “Sempre e em todos os lugares contra a violência às mulheres” ou “Chega de estupros”. O cortejo aconteceu entre as praças da República e Ópera.

Macron anuncia medidas contra sexismo

Horas antes, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a igualdade entre homens e mulheres seria a grande causa de seu mandato. Ele apresentou várias medidas de combate à violência contra as mulheres e de educação para combater o sexismo e o assédio.

"Toda nossa sociedade está doente com o sexismo", declarou o chefe de Estado. "A França não deve mais ser um desses países onde as mulheres têm medo", insistiu Macron. Ele detalhou suas três prioridades para os próximos cinco anos: "a educação e a luta cultural a favor da igualdade", um "acompanhamento melhor das vítimas" e um "reforço do arsenal repressivo".

O presidente francês destacou ser necessária "uma atenção especial" às mulheres imigrantes, que "buscam também fugir da mutilação (genital)". E acrescentou: "Nós garantiremos também às mulheres francesas sujeitas à mutilação o rastreamento dos que praticam essa barbárie".

Associações feministas elogiaram "o engajamento do presidente", mas se queixaram da falta de recursos. Elas consideram os €420 milhões do orçamento interministerial anunciados por Macron para 2018 insuficientes, resumiu a militante Caroline De Haas.

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