Em clima de tensão social, Macron chega hoje à Guiana Francesa
O presidente francês, Emmanuel Macron, chega nesta quinta-feira (26) à Guiana Francesa para discutir a crise no território, que teve greves gerais nos meses de março e abril, lideradas por um amplo movimento social.
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Macron chega à Guiana por volta das 17h no horário local, acompanhado do presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Junker, e de vários ministros. Assim que desembarcar, ele viaja para Maripasoula, no sudoeste do país, onde existe uma forte pressão migratória, vinda do Brasil, do Haiti e do Suriname.
De volta a Caiena às 18h30, o presidente francês participará de um jantar que será boicotado pelos prefeitos locais da Guiana para denunciar a “falta de tempo” para se encontrar com o chefe de Estado. Na sexta-feira, Emmanuel Macron visitará o Centro Espacial Kourou. O presidente já esteve na região em campanha eleitoral.
Ele chega em um clima tenso: o coletivo Pou Lagwiyann Dekole (Para que a Guiana decole) organiza diversas manifestações para pedir que os acordos assinados em 21 abril sejam respeitados, principalmente nas questões que envolvem segurança e educação.
Na época, depois de cinco semanas de contestação, o governo de François Hollande concluiu um plano de emergência com os manifestantes, orçado em € 1,08 bilhão. Na ocasião, o movimento também solicitou um fundo de € 2,1 bilhões, além de medidas suplementares.
Clandestinos brasileiros
O chefe de Estado passará 48 horas na Guaina Francesa. Ele disse que manterá seus compromissos e tentará “entender a raiz do problema.” O presidente dará uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27) na Secretaria de Segurança Pública de Caiena e declarou de antemão que pretende voltar rapidamente ao território.
Na quarta-feira, cerca de 300 pessoas se reuniram em Caiena para exigir que os acordos sejam respeitados. Os organizadores pediram à população que se mobilize nesta quinta-feira. Situado a 7.000 quilômetros de Paris, o território francês, do tamanho de Portugal, acumula dificuldades e atrasos: imigração clandestina massiva de brasileiros e haitianos, insegurança, sistema de saúde e educação precários e alta taxa de desemprego.
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