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Saúde

França anuncia obrigatoriedade de 11 vacinas em crianças

A ministra francesa da Saúde, Agnès Buzyn, anunciou nesta quinta-feira (31) que 11 vacinas se tornarão obrigatórias a crianças a partir de 2018. Atualmente, a obrigatoriedade, imposta por lei, vale para apenas três vacinas na França.

Atualmente, na França, apenas três vacinas são obrigatórias: contra a difteria, o tétano e a poliomielite.
Atualmente, na França, apenas três vacinas são obrigatórias: contra a difteria, o tétano e a poliomielite. PHILIPPE MERLE / AFP
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No total, 15% das crianças francesas não foram vacinadas contra doenças como coqueluche, sarampo, rubéola, caxumba, hepatite B, entre outras. Atualmente, na França, apenas três vacinas são obrigatórias: contra a difteria, o tétano e a poliomielite.

Um forte movimento contra as vacinas emergiu no país no início deste ano, quando a obrigatoriedade desses medicamentos começou a ser debatida. Muitos pais se negam a imunizar os filhos, alegando que as vacinas mais têm efeitos colaterais que benefícios.

A França e a Bélgica são os únicos países da Europa ocidental onde a vacinação das crianças ainda é imposta por lei. Enquanto na Itália a obrigatoriedade varia de acordo com a região, nos outros países da Europa a imunização é apenas recomendada, permitindo que os pais façam a sua decisão.

Risco de epidemias

De acordo com a ministra, não vacinar as crianças coloca em risco a saúde de toda a população, criando o perigo do surgimento de epidemias. No entanto, Agnès Buzyn indicou que quatro a cada cinco crianças já estão imunizadas.

A medida entrará em vigor a partir do 1° de janeiro de 2018. Os pais que se recusarem a vacinar os filhos correm o risco de serem condenados a até seis meses de prisão e pagar uma multa de € 3.750.

Segundo a ministra, o objetivo do governo estabelecendo essa medida obrigatória não é penalizar os franceses, mas priorizar a segurança sanitária no país. "Daremos tempo para as famílias se organizarem. É claro que não vamos pressionar as pessoas a se vacinar em caráter de emergência", garantiu Agnès Buzyn, em entrevista ao canal CNews. 

 

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