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Jeanne Moreau morre em Paris aos 89 anos

A atriz francesa Jeanne Moreau, que atuou em mais de 100 filmes ao longo de uma carreira de 65 anos, incluindo "Amantes" de Louis Malle e "Jules e Jim" de François Truffaut, foi encontrada morta nesta segunda-feira (31) em sua residência na capital francesa por sua empregada doméstica, segundo informações de seu agente. Ela deixa um filho, Jérôme Richard, de 68 anos.

Jeanne Moreau, uma das atrizes mais emblemáticas do cinema francês, faleceu em Paris aos 89 anos.
Jeanne Moreau, uma das atrizes mais emblemáticas do cinema francês, faleceu em Paris aos 89 anos. REUTERS/Fabrizio Bensch/File Photo
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Um dos grandes ícones do cinema e símbolo do movimento Nouvelle Vague, Moreau ficou famosa no mundo inteiro por sua atuação no emblemático “Jules et Jim”. A atriz também participou de inúmeras obras de diretores conhecidos, que eram fascinados por sua presença, como Marguerite Duras, Orson Welles, Luis Buñuel, Michelangelo Antonioni, Joseph Losey, Wim Wenders ou Laurent Heynemann.

O presidente francês Emmanuel Macron se pronunciou sobre o falecimento da atriz. Segundo ele, Jeanne Moreau foi uma artista que encarnou o cinema com toda a sua complexidade, memória e exigência. Segundo Macron, a atriz vivia pelas causas que acreditava, foi uma mulher de esquerda, rebelde e contra tradições e rotinas. "Sua voz se apagou, mas sua genialidade e sua visão como artista são o seu grande legado, que continuará vivo", completou o presidente francês.

Vida intensa

Filha de um dono de restaurante e de uma dançarina inglesa, Moreau tinha uma personalidade forte e afirma ter “vivido como um homem”. “Não gosto de dizer isso, eu preferiria dizer que vivi como uma mulher livre. Mas isso significa que vivi muitas aventuras, que tive muitos amantes, que eu partia quando tinha vontade”, declarou numa entrevista.

Moreau teve várias aventuras românticas e afirmava estar sempre em busca da paixão. “Minha vida foi repleta de tentativas, de experiências para aprender o que é amar. É difícil dizer se sei o que é amor. É como um paraíso de onde fomos expulsos”, reflete.

Em 1960, Moreau recebeu o prêmio de interpretação feminina de Cannes por “Moderato Cantabile”, de Peter Brook, e em 1992 o César de melhor atriz por sua atuação em “La vieille qui marchait dans la mer”, de Laurent Heynemann. Moreau também obteve dois César honrários em 1995 e 2008 e foi a única atriz a presidir duas vezes o júri do Festival de Cannes.

No Brasil, Moreau trabalhou com o cineasta brasileiro Cacá Diegues no filme "Joanna Francesa", de 1973, confira:

 

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