Franceses do estrangeiro e territórios ultramarinos começam a votar no 2° turno das legislativas
O segundo turno das eleições legislativas francesas começou neste sábado (17) nos territórios ultramarinos, como Antilhas, Guiana, São Pedro e Miquelão e Polinésia Francesa. Os franceses que moram em países no continente americano também votam hoje. Mas a maioria dos 47 milhões de eleitores vão às urnas no domingo (18). A participação é a grande incógnita dessa votação que deve, sem surpresa, confirmar a vitória esmagadora do partido A República em Marcha (LREM) do presidente Emmanuel Macron. No primeiro turno, há uma semana, a taxa de abstenção atingiu um nível histórico, 51,3%.
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Após o sucesso registrado em 11 de junho dos candidatos do LREM, o presidente francês espera que a confirmação da vitória neste domingo permitirá a implementação, sem entraves, de suas promessas de campanha. Macron propõe flexibilizar o Código do Trabalho, moralizar a vida política e adotar um projeto de lei antiterrorista. Essa nova legislação permitiria o fim do Estado de Emergência em que vive a França, desde os atentados de novembro de 2015 em Paris.
As pesquisas indicam que o partido LREM e seu aliado centrista MoDem obteriam uma maioria esmagadora na Assembleia francesa. Eles podem eleger entre 400 a 470 deputados, conquistando a maior bancada registrada desde a implantação da 5ª República francesa, em 1958. A Assembleia Nacional francesa é composta por 577 deputados.
O jovem movimento de Emmanuel Macron, criado há apenas um ano, venceu com folga o primeiro turno das legislativas com 32,2% dos votos. Os conservadores do partido Os Republicanos (LR) ficaram em segundo, com 21,5%, seguidos pela esquerda radical de A França Insubmissa (13,7%), pela Frente Nacional, de extrema-direita (13,2%), e pelo Partido Socialista (9,5%).
Renovação inédita
A renovação da Assembleia Nacional francesa será inédita. O partido LREM propôs centenas de candidatos novatos em política, que nunca tinham sido eleitos antes, e muitos estão em posição de favoritos neste segundo turno. A eleição legislativa na França é majoritária. Apenas quatro deputados foram eleitos já no primeiro turno, e neste domingo os eleitores de 573 distritos voltam às urnas. Estão na disputa 1.146 candidatos, sendo 40% de mulheres.
As autoridades temem uma taxa de abstenção ainda maior do que no primeiro turno. Segundo pesquisas, entre 53% a 54% dos eleitores poderiam não votar neste domingo, levando o primeiro-ministro Edouard Philippe a fazer campanha pela participação do eleitorado. "Votem! Ninguém pode se contentar de uma abstenção", lançou o premiê. Na França, o voto não é obrigatório.
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