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Ataque de policial na Notre-Dame foi "ato isolado", diz procurador de Paris

O procurador da Justiça de Paris, François Molins, deu uma coletiva de imprensa neste sábado (10) em que descreveu o perfil do terrorista que atacou um policial em 6 de junho, diante da Catedral de Notre Dame. O homem se radicalizou sozinho pela internet.

Policiais em frente à Catedral de Notre-Dame após o ataque em 6 de junho de 2017
Policiais em frente à Catedral de Notre-Dame após o ataque em 6 de junho de 2017 Philippe Wojazer/Reuters
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O doutorando em Ciências da Comunicação Farid I.,Terrorista argelino de Notre-Dame é doutorando em comunicação na França argelino de 40 anos, não era fichado pela polícia, estava inserido na sociedade, tinha um currículo brilhante e "nunca demonstrou ao seu círculo familiar e social sinais de radicalização nem de contatos com indivíduos do Iraque ou da Síria". Fez faculdade de jornalismo em Estocolmo e trabalhou na Argélia como repórter, e veio a Paris para prosseguir seus estudos.

No entanto, este homem solitário, que vivia em uma residência universitária, atacou com um martelo um policial que estava com mais dois colegas em frente à Catedral de Notre-Dame, gritando "É pela Síria", diante de centenas de turistas. Ele levou um tiro de outro policial e foi hospitalizado.

A familia, amigos e professores manifestaram surpresa com sua radicalização, como informou o procurador.

"Tão perigoso quanto os mais experientes"

O procurador o descreveu como "um neófito que os serviços de luta contra o terrorismo temem tanto quanto os mais radicalizados".

Quando foi neutralizado, Farid I. tinha duas facas e um computador, no qual foram encontrados arquivos de propaganda jihadista e imagens do atentado de Londres, além de vídeos glorificando as carnificinas de Paris e Bruxelas, informou o procurador, que também falou de outros materiais que não deixam dúvidas quanto ao extremismo do homem: "Ele tinha quatro pen-drive, e em uma delas encontramos um "manual de ação dos lobos solitários", editado pelo grupo Estado Islâmico, que foi baixado na internet em janeiro de 2017. Ele também tinha fotos de Mohamed Merah, que matou sete pessoas em Toulouse e Montauban em 2012 ", informou Molins.

Um vídeo em sua câmera fotográfica o mostra prestando lealdade ao grupo Estado Islâmico diante de uma bandeira da formação terrorista, pouco antes de sair de sua residência estudantil, em Cergy, periferia de Paris, em direção a Notre-Dame.

Detido para interrogatório, o estudante reconheceu os fatos e confessou ter se radicalizado rapidamente pela internet. Ele deve ser inculpado por tentativa de assassinato ligado a um ato terrorista.

 

 

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