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França/missão

De volta à Terra, astronauta francês passa por readaptação

O astronauta francês Thomas Pesquet e o russo Oleg Novitski voltaram para a Terra na última sexta-feira (2), depois de 196 dias em órbita. Mas as longas missões no espaço podem deixar sequelas para o organismo, que deve se readaptar à gravidade.

O astronauta francês Thomas Pesquet durante coletiva a imprensa nesta terça-feira (6).
O astronauta francês Thomas Pesquet durante coletiva a imprensa nesta terça-feira (6). REUTERS/Wolfgang Rattay
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A aterrissagem de Pesquet aconteceu no Casaquistão, mas logo em seguida ele pegou um avião em direção ao Centro Europeu dos Astronautas, em Colônia, na Alemanha, para passar por uma avaliação médica completa. O astronauta chegou enfraquecido e desceu do avião ajudado por duas pessoas. Uma situação normal, segunda sua médica, Brigitte Godard.

“O retorno à gravidade é complicado. Quando converso com os astronautas, eles insistem no fato que nós, terráqueos, não percebemos o que é a gravidade. Para nós, erguer os braços é algo banal, mas, para eles, é um verdadeiro esforço. Quando eles voltam para a Terra, seus músculos estão muito fracos porque não estão mais adaptados à gravidade”, disse em entrevista à redação francesa da RFI.

Adaptação à vida terrestre

Poucos dias depois de seu retorno, Thomas Pesquet já havia se adaptado à gravidade terrestre, mas nada de descanso. O astronauta francês participará de várias experiências científicas que integram sua missão, Proxima, que termina no final do ano. Elas visam, principalmente, avaliar como seu corpo mudou durante todo esse período. “O organismo na verdade se acostuma rapidamente, e de maneira profunda, à ausência de gravidade”, explica Lionel Suchet, do CNES, a agência espacial francesa.

A ideia é que os astronautas se tornem totalmente autônomos em uma viagem tripulada para Marte, por exemplo. Por enquanto, isso é um projeto para próximas décadas. Thomas Pesquet deve reaprender como viver na Terra. Sua mulher disse que já notou mudanças psicológicas. “Ele observa com um certo distanciamento os eventos que nos afetam todos os dias”, declarou. O astronauta já está em casa, mas ainda precisará de várias semanas de readaptação.
 

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