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Diretor carioca produz primeiro Festival de Teatro Brasileiro contemporâneo de Paris

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O diretor, ator e dramaturgo carioca Alan Castelo, radicado em Paris desde 2012, estreia no próximo dia 30 de maio o espetáculo “Tumulte” (“Tumulto”, no original, em português), na embaixada brasileira de Paris. O texto é assinado pelo jovem e premiado autor carioca Jô Bilac. Entre seus projetos para este ano, Alan produz ainda o primeiro Festival de Teatro Brasileiro contemporâneo da capital francesa e dirige desde o início do ano uma série de leituras dramáticas de jovens autores brasileiros traduzidos para o francês no Centro Cultural do Brasil, no espaço Krajcberg, no 15° distrito de Paris.

O ator, dramaturgo e diretor de teatro brasileiro Alan Castelo, radicado em Paris desde 2012.
O ator, dramaturgo e diretor de teatro brasileiro Alan Castelo, radicado em Paris desde 2012. Reprodução RFI
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(Para ouvir a entrevista completa, basta clicar na foto acima)

Natural do Rio de Janeiro, Alan Castelo é artista fruto da usina de provocações do saudoso Antônio Abujamra, homem de teatro brasileiro que é referência para atores, diretores e dramaturgos de todas as gerações. “Tive a felicidade de trabalhar com o Abujamra no início da minha carreira no teatro profissional e desde que eu cheguei em Paris a sensação que eu tive é que eu havia passado alguns anos sendo preparado para viver esse momento sem saber. O Abujamra quando ele era jovem, ele esteve aqui na década de 60, estudou com Jean Vilar, com o Roger Planchon… Ele foi um grande apaixonado pelo teatro europeu”, afirma Castelo, premiado por espetáculos como "Patativa do Assaré" e "Asilo Paraíso".

“Para mim é como se eu tivesse fechado um ciclo, uma primeira etapa da minha vida, chegar aqui, pensar em fazer teatro aqui, apresentar a dramaturgia contemporânea brasileira aqui na França é um movimento enorme”, explica. Sobre montar peças contemporâneas brasileiras em Paris, o diretor afirma que são duas percepções bem distintas. “De um lado, como brasileiro poder enxergar esses autores sendo apresentados na França e observar a transformação em termos da língua. É muito rico, é interessante ver a internacionalização desses autores, mas também existe uma outra perspectiva que é ver estas peças pelo olhar dos franceses”, diz Castelo.

“Este é o momento mais interessante para mim, quando eu vejo que coisas que já são recorrentes para mim dentro da dramaturgia brasileira soam como novidade para os franceses, por exemplo a desconstrução dos personagens. No teatro brasileiro temos já uma tradição de criar espetáculos onde o ator vem à frente do personagem, o personagem é o ator, é a personificação do performer”, detalha Alan, que produz, para o próximo outono parisiense, o primeiro Festival de Teatro Brasileiro contemporâneo de Paris.

A peça “Tumulte”, do autor carioca Jô Bilac, dirigida por Alan Castelo, tem entrada franca e acontece na embaixada brasileira de Paris no dia 30 de maio, às 18h, em parceria com a Semana da América Latina e do Caribe.

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