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Presidencial francesa: eleitores de territórios ultramarinos começam a votar

A votação no primeiro turno da presidencial francesa começou com um dia de antecedência para os eleitores dos territórios ultramarinos. Neste sábado (22), os moradores da Guiana, Antilhas ou Polinésia francesas, por exemplo, já começaram a votar. Mas a grande maioria dos 47 milhões de eleitores só vai às urnas neste domingo (23).

Funcionário prepara as urnas eleitorais que serão usadas no primeiro turno da eleição presidencial francesa neste domingo, 23 de abril de 2017.
Funcionário prepara as urnas eleitorais que serão usadas no primeiro turno da eleição presidencial francesa neste domingo, 23 de abril de 2017. REUTERS/Regis Duvignau
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A votação será encerrada no domingo às 20 horas, pelo horário de Paris (15h em Brasília). Até lá, comícios e a publicação de novas pesquisas eleitorais estão proibidas, desde o encerramento oficial da campanha na sexta-feira (21) à noite.

O ataque terrorista de quinta-feira (20) na avenida Champs-Elysées em Paris, que deixou um policial morto e dois feridos, aumenta a indefinição quanto ao resultado deste primeiro turno da eleição.

O número de indecisos ainda é grande. Três em cada dez eleitores ainda não sabem em quem votar e o último atentado pode influenciar o resultado. Além disso, as intenções de voto apontam um resultado apertado e, tecnicamente, quatro candidatos têm chances de passar ao segundo turno.

Marine Le Pen sobe em pesquisa após ataque

Pesquisa realizada após o atentado e divulgada na sexta-feira pelo instituto Odoxa, mostra que o centrista Emmanuel Macron continua na frente com 24,5% das intenções de voto, mas ele caiu meio ponto. Enquanto isso, Marine Le Pen, da extrema-direita, ganhou um ponto e tem agora 23%.

Os dois outros candidatos, que também têm chances de chegar ao segundo turno, o conservador François Fillon e o candidato da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, perderam quase um ponto e aparecem com 19%.

Na sexta-feira, o presidente americano Donald Trump fez publicidade para Marine Le Pen. Trump disse que o ataque de Paris "ajudará provavelmente" à candidata de extrema-direita Marine francesa porque ela "é a mais firme sobre o fechamento das fronteiras e a mais firme sobre eventos recentes na França".

Investigações continuam

Os debates do último dia de campanha foram dominados pelo atentado de quinta-feira. O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve acusou Marine Le Pen e François Fillon de semear a divisão do país ao acusar as falhas de segurança do governo e a justiça como responsáveis.

O terrorista que matou o policial é um francês de 39 anos, ex-prisioneiro e que era monitorado pela polícia. O grupo Estado Islâmico reivindicou imediatamente o ataque, mas esta reivindicação intriga os investigadores. O nome do jihadista informado pelo movimento ultrarradical não é o mesmo do atirador que foi morto pela polícia no Champs-Elysées.

Onze candidatos concorrem neste primeiro turno da eleição presidencial francesa que acontece sob forte esquema de segurança. Cinquenta mil policiais e sete mil sodados estão mobilizados em todo o pais. Esta é a primeira vez que uma eleição presidencial na França acontece sob estado de emergência, decretado após os atentados de novembro de 2015 em Paris. Desde o início de 2015, a onda de ataques terroristas contra o país já deixou mais de 230 mortos.

O segundo turno será realizado em 7 de maio.

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