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RFI Convida

“É preciso reconstruir essa esquerda”, diz Silvia Capanema sobre eleição presidencial na França

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 A brasileira Silvia Capanema é conselheira departamental de Seine-Saint-Denis, na periferia de Paris. Eleita pelo Partido Comunista (PC), ela apoia o candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon na corrida presidencial francesa. No RFI Convida ela fala do pleito e comenta a ascensão recente de Mélenchon.

A brasileira Silvia Capanema começou sua carreira política na França como vereadora
A brasileira Silvia Capanema começou sua carreira política na França como vereadora RFI
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 Professora de história na Universidade Paris 13, Silvia Capanema entrou oficialmente na vida política francesa em 2014, ao ser eleita vereadora na cidade de Saint-Denis. Em seguida, ela se tornou conselheira departamental, cargo que poderia ser comparado ao de deputado estadual no Brasil. Mas durante essa corrida presidencial, a mineira está concentrando toda sua energia na campanha de Jean-Luc Mélenchon. “Estamos todos os dias panfletando com a população, fazendo eventos, indo aos comícios, escrevendo textos nas redes sociais”, conta a brasileira.

Segundo uma pesquisa de opinião divulgada nesta terça-feira (11), o candidato da esquerda radical poderia chegar em terceiro lugar, deixando para trás o ex-primeiro-ministro de direita, François Fillon. “Nós víamos essa aceleração nos últimos dias, inclusive pelo desempenho de Mélenchon nos debates e nas mídias alternativas, que quebram o discurso da mídia oficial”, comemora a conselheira, que vive na França desde 2002.

Para Silvia Capanema, o avanço do candidato é resultado de uma estratégia que vem sendo construída aos poucos. “Todas as apostas que ele fez deram certo. Inclusive o fato de não ser representado por nenhum partido, sem acordo com nenhum partido”, nem mesmo com o próprio PC, comenta.

Mas a militante rejeita o selo de extrema-esquerda para Mélenchon. “Ele é o que nós chamaríamos de esquerda radical, que seria o equivalente a um Podemos alargado”, diz Silvia, em referência ao partido espanhol.

Questionada sobre o balanço do presidente socialista François Hollande, a brasileira se diz muito decepcionada. Para ela, ao falar do atual chefe de Estado, “o próprio termo ‘esquerda’ não pode ser usado em alguns momentos”. “É preciso reconstruir essa esquerda, pois foi um governo que adotou todas as medidas de austeridade da União Europeia, sem nenhum progresso social, exceto o casamento homossexual, sua única medida progressista. Foi um governo de recuo nas medidas sociais”, conclui.

Para ouvir a entrevista completa clique na foto acima ou assista o vídeo abaixo. 

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