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Debate histórico reúne todos os candidatos à eleição presidencial na França

Os 11 candidatos à eleição presidencial francesa participam nesta terça-feira (4) de um debate coletivo inédito no canal BFMTV. Desde a primeira eleição presidencial universal na França, em 1965, nunca o conjunto dos candidatos entrou em confronto antes da eleição. Na França, ao contrário do Brasil, os debates televisionados aconteciam, até 2017, entre os dois candidatos que passavam ao segundo turno da eleição presidencial.

Os 11 candidatos à eleição presidencial da França se encontram nesta terça-feira (4) em um debate inédito na televisão.
Os 11 candidatos à eleição presidencial da França se encontram nesta terça-feira (4) em um debate inédito na televisão. REUTERS/Staff/File Photo
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Este será o segundo debate da campanha, mas o primeiro com todos os concorrentes. Cada candidato terá cerca de 15 minutos para defender suas propostas em torno de três temas específicos: criação de empregos, proteção social e financiamento do modelo social francês.

O debate deve durar 3h30 e é visto como uma oportunidade de informar os franceses sobre os programas dos candidatos nanicos, que têm menos de 5% de intenções de voto. Uma nova pesquisa divulgada nesta terça-feira (4) pelo instituto Ipsos para o jornal Le Monde aponta a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, e o centrista Emmanuel Macron empatados no 1° turno, com 25%, seguidos pelo conservador François Fillon, com 17,5%.

François Fillon, o candidato do grande partido de direita Os Republicanos, que caiu para o terceiro lugar nas pesquisas (17%) ao ser afetado por um escândalo de supostos empregos fictícios de sua família, pelo qual foi indiciado pela justiça, tentará convencer os franceses que seu programa de austeridade é o melhor para estimular o crescimento e promover o emprego.

Extrema-esquerda sobe nas intenções de voto

A novidade dessa pesquisa é que o candidato de extrema-esquerda, Jean Luc Mélenchon, ganhou três pontos e meio e já aparece com 15% de intenções de voto, à frente do socialista Benoît Hamon, que recua para 10%. No segundo turno, o centrista Macron bateria a populista Marine Le Pen por 61% contra 39%.

As pesquisas apontam ainda que os dois grandes partidos tradicionais, que se alternaram no poder nas últimas décadas - o Partido Socialista, de esquerda, e o conservador Os Republicanos, de direita - devem ficar de fora do segundo turno, programado para 7 de maio.

Celulares proibidos "como na escola"

Segundo a imprensa francesa, os celulares dos candidatos serão proibidos durante o debate "como na escola". François Fillon, portanto, não poderá consultar as mensagens de texto de seus assessores, como o fez durante o primeiro debate, fato amplamente divulgado pelos jornalistas locais.

A expectativa dos analistas franceses é de que os outros seis candidatos, que têm menos de 5% das intenções de voto, tentem se destacar o máximo possível durante o debate na BFMTV. Entre eles, Nicolas Dupont-Aignan, do movimento Debout La France (A França de pé, em tradução livre). Eurocético, Dupont-Aignan desejaria recuperar eleitores potencialmente decepcionados por François Fillon.

"Deveremos poder reagir uns aos outros, fazer perguntas, responder a questões. Um debate não é algo que possa ser controlado, não é um alinhamento de monólogos ", defende o candidato, em sua terceira campanha presidencial.

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