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A Semana na Imprensa

Revista analisa impacto dos cônjuges sobre os candidatos à presidência francesa

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Os cônjuges dos candidatos à eleição presidencial francesa deste ano ganharam destaque na campanha, para o bem e para o mal. É esse o tema da reportagem de capa da revista L'Obs desta semana.

Capa da edição desta semana da revista "L'Obs"
Capa da edição desta semana da revista "L'Obs" Reprodução
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O texto diz que o cônjuge se tornou um elemento determinante na vida de um aspirante a um cargo eletivo. "Talvez porque, melhor que o programa, ele revele traços de temperamento e de visão de vida e das normas sociais", escreve.

Quem tem sentido o gosto mais amargo da exposição da parceira é o candidato da direita François Fillon (Os Republicanos). Sua mulher, Pénélope, foi sua assistente parlamentar sob suspeita de não ter efetivamente trabalhado, embolsando, no total, cerca de 660 mil euros. O escândalo o levou de favorito na corrida presidencial ao terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

Segundo a revista, até então Fillon se vangloriava da sua família perfeita, do seu papel de pai e marido exemplar, imagem louvada pelos franceses conservadores e contrários ao casamento gay.

Em seguida, o texto opina que o candidato centrista Emmanuel Macron (Em Marcha!) passa duas mensagens ao colocar em evidência a sua relação com a professora Brigitte Trogneux.

A primeira seria que, se aos 16 anos ele conseguiu conquistar a professora de teatro 24 anos mais velha, ele poderia ganhar o coração dos franceses. A segunda seria que ele não teme a transgressão da diferença de idade, ignorando normas e preconceitos sociais. Para a publicação, a ruptura do ex-ministro da economia com o presidente François Hollande também é consequência desse espírito independente.

Socialista x lobista

Já a mulher do socialista Benoît Hamon, Gabrielle Guallar, revelaria um paradoxo. O candidato que não se cansa de denunciar o peso do lobby empresarial é casado com a responsável pelos negócios públicos da gigante LVMH, a empresa do homem mais rico da França, Bernard Arnauld. Ela confessou à revista que não aguenta mais ler na imprensa que Hamon quer mantê-la escondida.

Apesar de estar sempre na sombra, Louis Aliot, marido de Marine Le Pen, candidata da extrema-direita, é vice-presidente da Frente Nacional, o partido radical liderado pela mulher. Segundo a reportagem, ele gosta de se manter na discrição, mas, nos bastidores, seria responsável por organizar encontros da campanha de Le Pen.

A diretora de redação da revista de celebridades Closer, Laurence Pieau, fez uma análise do papel dos cônjuges na vida de um político. Segundo ela, as vidas pública e privada se misturam e a pessoa não deixa de ser candidata às 8 horas da noite, como acontecia nos anos 1970.

Quem escapou do holofote sobre o cônjuge foi o solteiro Jean-Luc Mélénchon (França Insubmissa), candidato da extrema-esquerda. Ele inclusive escreveu em seu blog que, como não haveria primeira-dama, ele seria um presidente menos caro para os franceses.

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