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Imprensa

Londres foi vítima do terrorismo “low cost”, diz Le Figaro

O ataque terrorista no Parlamento britânico está na capa dos principais jornais franceses desta quinta-feira (23). Segundo o jornal Le Figaro, o atentado consolida um novo tipo de terrorismo, o “low cost”.

Capa do jornal Le Figaro desta quinta-feira (23).
Capa do jornal Le Figaro desta quinta-feira (23). Reprodução
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Na tarde de quarta-feira, um homem, dirigindo um veículo na ponte de Westminster, invadiu a zona utilizada por pedestres, e atropelou dezenas de pessoas. O veículo seguiu até o Parlamento britânico, onde o motorista deixou o carro, e armado com duas facas, conseguiu entrar no prédio, onde esfaqueou um policial, antes de ser neutralizado. Classificado como terrorista pela primeira-ministra britânica Theresa May, o ataque deixou quatro mortos e 40 feridos, muitos seguem hospitalizados em estado grave.

Para o jornal Le Figaro, "Londres é vítima de um terrorismo 'low cost'", um método, segundo o diário, utilizado por fanáticos que estão prontos para morrer, transformando objetos do cotidiano em instrumentos mortais, e visando alvos simbólicos para semear o pânico e o choque psicológico.

Le Figaro lembra que um dos líderes do grupo Estado Islâmico, Abu Mohamed al-Adnani, morto em 2016, foi o primeiro a encorajar o terrorismo low cost, em setembro de 2014, quando o jihadista fez um apelo para que "muçulmanos a serviço de Alah" matassem cidadãos dos países que integram a coalizão que combate o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. O pedido foi obedecido diversas vezes, ao longo desses últimos três anos, pelos chamados "lobos solitários". Para Le Figaro, o pior dos atentados "low cost" é o massacre de Nice, em 14 de julho de 2016, quando 86 pessoas morreram atropeladas por um imenso caminhão na avenida beira-mar da cidade. O ataque deixou mais de 400 feridos.

A vez de Londres

"Foi a vez de Londres ser atacada pela onda terrorista", publica o jornal Les Echos, que ressalta que a capital britânica não era alvo de um atentado tão sangrento desde 2005, quando quatro islamitas britânicos mataram 52 pessoas e feriram mais de 700 nos atos que visaram os transportes públicos de Londres.

Les Echos lembra que o Reino Unido havia, até então, sido poupado da série de massacres do grupo Estado Islâmico que atingiram a França, a Bélgica e a Alemanha. O que não quer dizer que o país não fazia parte dos planos dos jihadistas. "No começo do mês, a Scotland Yard anunciou ter desmantelado treze planos de ataques terroristas desde junho de 2013", publica o diário.

Já o jornal Libération lembra que atentado de ontem foi realizado exatamente um ano após os ataques coordenados em Bruxelas, que mataram 32 pessoas em 22 de março de 2016. O diário também sublinha que, entre as vítimas do atropelamento de ontem em Londres, estão três estudantes franceses do ensino médio, que faziam uma viagem à capital britânica com outros 90 colegas. Os garotos sofreram traumatismos múltiplos, seguem hospitalizados, mas não correm risco de morte, segundo o jornal Libération.

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