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Ministro da Defesa de Hollande decide apoiar Macron, candidato de centro

O candidato Emmanuel Macron, do movimento Em Marcha!, o favorito para disputar o segundo turno com a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, ganhou um novo e prestigioso apoio nesta quinta-feira (23): o do atual ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Ministro da Defesa socialista, Jean-Yves Le Drian
Ministro da Defesa socialista, Jean-Yves Le Drian REUTERS/Charles Platiau
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A um mês do primeiro turno, o jovem candidato Emmanuel Macron deu uma tacada de mestre na sua corrida à presidência, conquistando o apoio do ministro socialista.

Jean-Yves Le Drian é o terceiro membro do governo socialista de François Hollande à se unir a Macron, depois da ecologista Barbara Pompili, secretária de Estado para a Biodiversidade, et Thierry Braillard, secretário de Estado para a Juventude e Esportes, da esquerda radical, ambos sem grande peso no cenário político. Mas, sem dúvida, Le Drian é o segundo político realmente experiente e próximo de Hollande que apoia Macron, depois de Bernard Poignant, conselheiro do presidente.

Jean-Yves Le Drian é um dos poucos ministros que não mudou de pasta em cinco anos de mandato de Hollande e se impôs como um pilar do seu gabinete. Geralmente distante dos que aderem à sua candidatura, Macron declarou há dois dias que Le Drian "é um caso particular", ressaltando a necessidade do exército francês continuar presente em várias partes do mundo. Esta é uma questão sensível, que enfoca a importância deste novo apoio: Macron busca credibilidade em seu programa sobre as questões securitárias e internacionais.

Suspense sobre novos apoios a Macron

Para os socialistas, a notícia é um golpe duro. E muitas outras adesões ainda podem acontecer, diante da indecisão de socialistas divididos entre escolher o candidato do seu campo, Benoît Hamon, e o que está melhor colocado para o segundo turno, Macron, que não hesita em sinalizar aos partidários "órfãos" do perdedor das primárias da direita, Alain Juppé.

Emmanuel Macron, ex-protegido de Hollande, declarou em uma entrevista que, se for eleito, quer contar "com um primeiro-ministro forte com ministros fortes", em um governo que tenha ao menos 1/3 de membros da sociedade civil. Quanto à questão se seus ministros serão de direita ou de esquerda, Macron respondeu: "Pouco me importa".

A última pesquisa de intenção de voto, realizada pela empresa Harris Interactive para France Télévisions, aponta pela primeira vez que Emmanuel Macron (26%) pode vencer Marine Le Pen (25%) no primeiro turno, com 1 ponto de diferença.

"Inaceitável", diz candidato socialista

Benoît Hamon, o candidato do PS, criticou severamente o apoio de Le Drian a Macron, considerando "inaceitável que ele ignore o voto dos eleitores da primária socialista, que o elegeram".

"Jean-Yves Le Drian não respeita o voto dos eleitores de esquerda que (...) designaram Benoît Hamon como seu candidato para esta eleição presidencial.Não é aceitável que, numa democracia, responsáveis políticos aceitem o voto dos eleitores somente quando lhes convém", diz o comunicado de um dos porta-vozes da campanha.

 

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