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Tiroteios em escolas americanas teriam inspirado jovem a atacar colégio na França

O tiroteio no liceu Alexis Tocqueville de Grasse, cidade do sul da França, deixou oito feridos leves, segundo último balanço divulgado pela polícia. O atirador, um jovem de 17 anos, é aluno do colégio. Antes do ataque, na manhã desta quinta-feira (16), ele teria consultado sites da internet sobre os tiroteios em escolas americanas.

Os alunos do liceu Alexis de Tocqueville, em Grasse, ficaram chocados com o tiroteio ocorrido nesta quinta-feira, 16 de março de 2017.
Os alunos do liceu Alexis de Tocqueville, em Grasse, ficaram chocados com o tiroteio ocorrido nesta quinta-feira, 16 de março de 2017. REUTERS/Eric Gaillard
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Quatro das oito vítimas foram feridas a tiros e foram hospitalizadas: o diretor do colégio e três estudantes. Elas não correm risco de vida. Quatro pessoas ficaram feridas no tumulto provocado pelo tiroteio. O diretor da escola de Ensino Médio era o alvo do ataque, informaram os investigadores.

O jovem invadiu o colégio fortemente armado. Ele levava um fusil, uma pistola, um revólver e duas granadas e começou a disparar assim que entrou no local. "Ele atirou quatro vezes, provocando um pânico geral", testemunhou um dos alunos do Lycée.

A escola foi cercada imediatamente por policiais de elite e o atirador foi detido. Ele não era conhecido dos serviços de polícia. Os primeiros dados da investigação apontam que além de ter consultado sites sobre os tiroteios em escolas americanas, o secundarista era apaixonado por armas e serial killers.

Pista terrorista parece descartada

Os motivos do ataque ainda não foram esclarecidos e a polícia não descarta por enquanto nenhuma pista. No entanto, a investigação aberta após o tiroteio não prioriza, por enquanto, a hipótese terrorista, indicou Christian Estrosi, presidente da região Provence-Alpes-Côte d'Azur, onde fica o colégio.

Mas o pânico provocado pelo tiroteio levou as autoridades a acionar imediatamente o alerta para atentado na região. Os alunos de todas as escolas de Grasse, que fica próxima a cidade de Nice, ficaram confinados e a população foi orientada a não sair de casa.

A França já vivenciou ataques contra escolas. Em 2012, Mohamed Merah, um extremista de 23 anos, matou três crianças e um professor na porta de uma escola judaica da cidade de Toulouse, no sudoeste do país.

França segue em estado de emergência

A França se encontra em estado de emergência depois da onda de atentados jihadistas que deixou 238 mortos, desde janeiro de 2015. Desde o início das aulas, em setembro, a segurança em torno dos 64.000 estabelecimentos escolares do país foi reforçada, com a mobilização de mais de 3.000 reservistas.

O tiroteio acontece a menos de 40 dias das eleições presidenciais. Marine Le Pen, da extrema-direita, é apontada pelas pesquisas como favorita no primeiro turno. O tiroteio na escola também aconteceu horas depois da explosão de uma carta-bomba no escritório do FMI em Paris, que deixou um ferido.

A explosão no Fundo Monetário Internacional foi considerada um atentado pelo presidente francês. François Hollande afirmou que os dois incidentes desta quinta-feira justificam o estado de emergência no país, que ficará em vigor até 15 de julho de 2017, apesar de críticas de associações de direitos dos cidadãos.

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