Justiça investigará François Fillon, candidato da direita à presidência francesa, por corrupção
Juízes de instrução vão investigar as suspeitas de empregos fictícios envolvendo a família do candidato da direita à presidência francesa, François Fillon, anunciou nesta sexta-feira (24) a Procuradoria Nacional Financeira (PNF).
Publicado em: Modificado em:
Os juízes têm agora a possibilidade de convocar o candidato presidencial a qualquer momento para um possível indiciamento ou sob o status de "testemunha assistida".
O inquérito judicial foi aberto nesta sexta-feira por "desvio de fundos públicos, uso indevido de ativos, cumplicidade e ocultação desses crimes, tráfico de influência e violação das obrigações de comunicação à Alta Autoridade sobre a transparência na vida pública", aponta um comunicado da PNF, responsável pelos crimes econômicos e financeiros.
Enfraquecido por esse caso, que o fez recuar nas pesquisas para o terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais (23 de abril) - atrás da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, e do centrista Emmanuel Macron -, Fillon excluiu, ao contrário do que havia dito no início, a possibilidade de abandonar a corrida presidencial em caso de indiciamento.
Emprego fictício
Após as primeiras revelações feitas pelo jornal Le Canard Enchaîné sobre suspeitas de emprego fictício de Penelope Fillon, mulher do candidato, a procuradoria lançou em 25 de janeiro uma investigação preliminar.
A Justiça se concentra no cargo ocupado por Penelope Fillon como assistente parlamentar do marido e de seu suplente, pelo qual teria recebido € 680.380 sem trabalhar, e como funcionária da revista Deux Mondes, cujo proprietário é um amigo do ex-primeiro-ministro.
Também são investigados dois filhos do casal, que receberam salários por supostamente ocupar cargos de assistentes.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro