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Marine Le Pen tem metade do salário confiscado por empregos fantasmas

A candidata presidencial da extrema-direita na França, Marine Le Pen, é acusada de ter empregado seu guarda-costas e uma amiga como assessores parlamentares em Bruxelas. A partir de fevereiro, metade do salário da deputada europeia será retida para pagar os € 340 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) desviados dos cofres públicos.

Marine Le Pen no lançamento da sua campanha à presidência da França.
Marine Le Pen no lançamento da sua campanha à presidência da França. DR
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De acordo com um relatório confidencial do órgão de luta contra corrupção da União Europeia (UE), a líder do partido Frente Nacional, Marine Le Pen, admitiu, aos investigadores, ter empregado o seu segurança pessoal, Thierry Légier, como assessor no parlamento Europeu, durante três meses, em 2011.

Além do guarda-costas, a candidata reconhece também ter contratado, de forma fictícia, Catherine Griset, como assessora em Bruxelas. Entretanto, Griset trabalhava para o partido de extrema-direita de Marine Le Pen, a Frente Nacional, na região parisiense.

O relatório foi publicado no site de notícias Mediapart e na revista Marianne.

Segundo as regras da UE, um assessor parlamentar deve ser credenciado e ter moradia próxima de uma das três sedes oficiais – Bruxelas, Estrasburgo e Luxemburgo – do Parlamento europeu.
Com relação ao segurança Thierry Légier, “a investigação revelou que a deputada Marine Le Pen criou um contrato de trabalho puramente fictício”, indicou um membro do órgão de luta contra corrupção da União Europeia (Olaf, na sigla em francês).

“Já Catherine Griset não trabalhava como assessora parlamentar como exigem as regras em vigor. Na realidade, ela exercia atividade junto ao partido político, na região parisiense”, completa um integrante do órgão.

Mais de um milhão de reais desviado

O bloco europeu estima um prejuízo financeiro de € 340 mil (cerca de R$ 1,2 milhão). A partir deste mês, o Parlamento confiscará metade do salário e das verbas de gabinete da deputada Marine Le Pen.

A candidata à presidência francesa, que lidera as pesquisas de intenção de voto no 1º turno, nega ter confessado as práticas irregulares junto aos investigadores. Ela afirma ter criado os contratos para “regularizar despesas que não tinham sido pagas pelo Parlamento europeu”.

Em dezembro do ano passado, a Promotoria da França abriu uma investigação por “abuso de confiança, desvios de fundo público, falsificação de documentos e fraude organizada”

(Com informações da AFP)

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